sábado, 1 de março de 2025

Um momento que muda o jogo para o Brasil

 SOFTSWISS

Por Ivan Montik - Fundador da SOFTSWISS, uma empresa internacional líder no desenvolvimento de soluções tecnológicas para o setor de iGaming. Defensor de inovações e práticas responsáveis, foi nomeado em 2024 por especialistas do setor como uma das figuras mais influentes da área.

Março de 2025 marcou um momento crucial para o Brasil, com a implementação das tão aguardadas regulamentações de iGaming. Essas novas regras, que introduzem sólidas bases para o jogo online, representam uma mudança significativa em direção à transparência e ao crescimento econômico. Como um dos maiores e mais dinâmicos mercados da América Latina, o Brasil está agora posicionado para se tornar um líder global na indústria de iGaming.

Por décadas, o cenário de jogos de azar no Brasil foi caracterizado pela ambiguidade. Com exceção das loterias administradas pelo Estado e das apostas em corridas de cavalos, grande parte do setor operava em um limbo jurídico. A introdução de regulamentações claras e aplicáveis para o iGaming marca o fim dessa incerteza, oferecendo tanto para operadores locais quanto internacionais um caminho para a legitimidade.

As implicações econômicas são imensas. Nossos relatórios analíticos recentes projetam que o mercado de jogos online do Brasil pode alcançar € 3 bilhões até 2027, impulsionado por uma população de mais de 214 milhões de pessoas, uma afinidade cultural profunda com entretenimento e o aumento da penetração da internet. Esse crescimento é sustentado pela decisão do governo de formalizar o setor por meio de um sistema de licenciamento, que não apenas pode aumentar a arrecadação tributária, mas também criar cerca de 100 mil empregos nos setores de tecnologia, marketing e atendimento ao cliente.

De acordo com a nova legislação, os operadores precisarão obter uma licença de cinco anos, com custo aproximado de € 6 milhões, e cumprir com uma tributação de 12% sobre a Receita Bruta de Jogo (GGR). Além disso, um imposto de 15% sobre os ganhos dos jogadores garantirá contribuições adicionais ao orçamento público, financiando setores essenciais como saúde, educação e infraestruturas. Essas medidas estão alinhadas ao objetivo mais amplo do Brasil de promover práticas responsáveis de jogo e proteger os interesses dos consumidores.

Do ponto de vista operacional, a certificação é fundamental para entrar neste mercado regulamentado. Plataformas, agregadores e provedores devem atender a padrões técnicos e requisitos de documentação rigorosos . Líderes do setor se prepararam proativamente para este momento, garantindo certificações em instituições credenciadas no Brasil, assegurando que suas soluções estejam plenamente em conformidade e prontas para integração com operadores locais.

Embora certas dificuldades possam, naturalmente, marcar as fases iniciais da implementação da regulamentação, os efeitos desse marco vão além do Brasil. Como uma das maiores economias do mundo, o Brasil estabelece um exemplo para mercados emergentes que consideram estruturas legislativas similares, inclusive na América Latina. Ao equilibrar ambição econômica com proteção ao consumidor, o país demonstra como uma indústria de iGaming bem regulamentada pode impulsionar a inovação, atrair investimentos e contribuir para o desenvolvimento nacional.

A jornada do Brasil rumo à regulamentação de iGaming foi longa e complexa, mas os potenciais benefícios tornam o esforço recompensador. Para os operadores, a nova regulamentação representa uma oportunidade sem precedentes de explorar um dos mercados mais promissores do mundo. Para a economia, sinaliza um momento transformador, convertendo um setor anteriormente marginalizado em um motor de crescimento, emprego e inovação.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Contos antirracistas para pensar uma sociedade mais igualitária

Du Prazeres une ficção científica, afrofuturismo, narrativas ancestrais e cultura popular em busca do combate ao preconceito por meio da educação

Professor universitário, cria da favela, formado em escolas públicas e homem preto, Du Prazeres vivenciou as lutas da comunidade negra e percebeu desde cedo que a educação é a única forma de combater o racismo. A estreia dele na literatura, com Antirracismo em contos leves, levanta debates sobre os preconceitos e a importância de buscar um mundo com mais igualdade social.

Os 12 contos apresentados na obra atravessam temas urgentes que refletem sobre o país: a influência do tráfico entre jovens na favela; a falta de oportunidades profissionais que leva muitos meninos a verem o futebol como alternativa exclusiva para o sucesso; a dificuldade de continuar os estudos em um ambiente desfavorável; e o uso da representatividade em obras culturais para fins unicamente comerciais. São temas diversos, mas que formam um retrato contemporâneo dos dilemas de um Brasil racista e com profundas diferenças econômicas.

O desespero é tão grande que pego um pouco de terra batida, abaixo a cabeça, disfarço e passo
a poeira no rosto, para secar a lágrima que já não era só uma. Respiro fundo. Tento pensar em coisas
bonitas, em coisas que me deram alegria. Penso em minha mãe, acho que neste exato momento se meu pai
voltasse, eu o abraçaria. Que se dane! Pra que levar ódio junto com a gente. Viu só? Eu sei que é pecado,
então eu saber que é um sentimento errado, já anula tudo. Mata o pecado. Tenho total ciência do que é certo
ou errado, mas sou gente.
 (Antirracismo em contos leves, p. 54)

Como o mundo atual não pode ser dissociado do passado, o autor mostra o poder da ancestralidade nos textos “1881 - Desapropriação”, “Ginjinha” e “A luz que tudo ilumina”. No primeiro, os personagens estão ameaçados de perder suas terras, então a resistência se torna um ato para proteger a cultura e a identidade da comunidade. O segundo conto revela como uma simples bebida remonta à memória afetiva familiar, à busca por pertencimento e aos impactos da imigração. Já o terceiro apresenta um griot, o guardião da memória e da palavra em muitos povos africanos, que compartilha saberes com crianças ao redor de uma fogueira.

Além de textos mais voltados ao realismo, que se inspiram na cultura popular e nas narrativas ancestrais, Du Prazeres utiliza o afrofuturismo e a ficção científica para imaginar outras realidades para a população negra. Em “Ìwa Pèlè”, uma doença que só afeta pessoas brancas faz pesquisadores viajarem a outro planeta à procura de uma substância de cura, mas a capitã do grupo precisará enfrentar alienígenas no meio da missão. “Tulipas Kaufmannianas”, por outro lado, analisa o valor do afeto e da empatia ao narrar a história de um general solitário que forma vínculo com uma cadela destinada a uma missão espacial perigosa.
 
Com apresentação da escritora Cidinha da Silva e arte produzida pela pintora Ani Ganzala, Antirracismo em contos leves potencializa discussões em prol de utilizar a literatura como ferramenta de mudança social. “Não é confrontando belicamente os brancos que vamos minimizar o racismo. Como homem negro e apaixonado por literatura, quis contribuir com ideias para a consolidação do debate sobre como buscar um pouco mais de igualdade, não só racial, como para toda a sociedade. Acredito verdadeiramente no alcance de um livro como instrumento de mudança”, afirma o autor.

FICHA TÉCNICA

Título: Antirracismo em contos leves
Autor: Du Prazeres
Editora: Bambolê
ISBN: 978-65-86749-72-4
Páginas: 136
Preço: R$ 39,90
Onde comprar: Amazon | Editora Bambolê

Sobre o autor: Professor da Universidade Estadual de Londrina, pós-doutor em Letras pela PUC-RIO, revisor de grandes editoras, Du Prazeres estreia como escritor com o livro Antirracismo em contos leves. Carioca do Estácio, cria da favela, filho e neto de empregadas domésticas, estudante de escolas públicas e homem negro, defende a educação como única forma de combater o preconceito e a ignorância. Atualmente reside em Londrina, no Paraná, com os dois filhos e a esposa.

Redes sociais do autor:

Instagram: @duprazeresautor
Facebook: /eduardo.prazeres.7

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Patrocinadora do Paulistão, 7K premia Neymar com troféu em sua reestreia pelo Santos


Partida teve bons números de audiência e envolveu a presença de diversas marcas

Assim como era esperado, a audiência da TV Record com a exibição entre Santos 1 x 1 Botafogo-SP, na noite desta quarta-feira (5), em jogo que marcou o retorno de Neymar ao Brasil, rendeu números elevados. De acordo com dados preliminares, foram 13 pontos de média, e por seis minutos, a Record chegou a ter pico de 15 contra 14 do Big Brother Brasil, da TV Globo. Quem ganhou com tudo isso foram as marcas envolvidas com o Campeonato Paulista, como a 7K, empresa de apostas esportivas que é uma das principais patrocinadoras da competição. Entre outras propriedades, a companhia dá nome aos troféus que são entregues ao Craque do Jogo, nome que é eleito sempre após o fim das partidas.

Neymar foi escolhido como o melhor jogador do confronto na Vila Belmiro e posou com o troféu para fotos de diversos veículos, entre eles, o próprio perfil oficial do Paulistão, no Instagram, gerando milhares de curtidas e comentários.

"Quando nos tornamos um dos principais patrocinadores do Paulistão, inclusive com a nossa marca estampada no troféu de craque do jogo, já sabíamos da visibilidade que teríamos. E com a chegada do Neymar, obviamente, acaba sendo um aditivo, algo que extrapola a esfera regional ou nacional, e a visibilidade das empresas que estão no Paulistão, com grande exposição como a 7k, certamente faz com que o impacto seja global", afirma Talita Lacerda, Diretora Executiva de Operações da Ana Gaming, grupo detentor da marca 7k.

Além de patrocinar o Paulistão, a 7K também está presente no Campeonato Mineiro, no Carioca, na Copa do Nordeste, na Copa do Brasil e nas séries A e B do Campeonato Brasileiro. A empresa ainda é patrocinadora do Vitória e do Mirassol, times que disputarão a Série A do Brasileirão em 2025.

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