A evolução das espécies pode dar-se de forma gradual, no decorrer de um tempo bastante longo, ou ocorrer de forma repentina, num curto período, por meio de um salto evolutivo. Saindo da biologia para o futebol brasileiro e o nordestino em particular, talvez estejamos prestes a observar um salto evolutivo dos grandes clubes do Nordeste.
Ainda recentemente este Olhar Crônico Esportivo comentou a respeito do trabalho em conjunto que os profissionais de marketing dos três grandes clubes pernambucanos - Náutico, Santa Cruz e Sport - estavam começando a desenvolver, visando aumentar e fortalecer as receitas desses clubes.
Ainda recentemente este Olhar Crônico Esportivo comentou a respeito do trabalho em conjunto que os profissionais de marketing dos três grandes clubes pernambucanos - Náutico, Santa Cruz e Sport - estavam começando a desenvolver, visando aumentar e fortalecer as receitas desses clubes.
Tão logo começaram as reuniões desses profissionais, seus colegas de outros grandes clubes nordestinos - Bahia e Vitória, Ceará e Fortaleza - enxergaram a mesma possibilidade de melhorar o desempenho de seus clubes e juntaram-se a eles.
A grande verdade é que, antes de valorizar seus próprios clubes, esses profissionais buscam valorizar e colocar num patamar mais condizente com a realidade o mercado nordestino como um todo e cada um de seus grandes componentes.
Uma reclamação comum desses profissionais de marketing refere-se aos valores das propostas que os clubes da região recebem, sempre com muito inferiores aos que são praticados no Sul e Sudeste e desproporcionais em termos de mercado. A rigor, sem uma base plausível para isso.
Uma rápida olhada no quadro de IPCs (Índice Potencial de Consumo, um valor que afere a capacidade teórica de um mercado a partir de indicadores como população e renda, principalmente) do Brasil, mostra que esses três estados - Pernambuco, Ceará e Bahia - respondem por 11,5% do IPC Brasil, um índice nada desprezível.
Pelo que conheço da região e seus hábitos, posso dizer que essas equipes têm grande influência nos estados vizinhos: Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Sergipe, o que já eleva o IPC combinado dessa área de influência em mais 4,3%, totalizando 15,8% do IPC Brasil.
São números respeitáveis em termos de mercado consumidor.
Além disso, alguns desses clubes têm hoje penetração e exposição nacional, o que aumenta na prática seus valores como canais de divulgação de marcas e produtos.
As conversas já passaram para a ação e nos próximos dias está previsto o lançamento de um produto de grande giro e consumo, com as marcas dos clubes. A expectativa é que será um contrato muito lucrativo para os clubes e uma fonte de receita totalmente nova em termos de licensing, fugindo das “camisas & chaveiros” - e nada contra camisas e chaveiros, muito pelo contrário.
Com o desenrolar das conversas e reuniões, o pessoal está se estruturando e surgiu a ideia de criar o Marketing FC - Nordeste.
Além de dar corpo ao trabalho em desenvolvimento, eles pretendem, também, realizar um grande evento de marketing esportivo, que chame a atenção do mercado e discuta pontos importantes ligados ao tema.
Vale ressaltar novamente, tal como já fiz no post anterior sobre o assunto: estamos falando de profissionais de marketing, o pessoal que está com as mãos na massa todo dia, sentindo na pele as dificuldades que, se já são grandes no Sudeste, são ainda maiores no Nordeste. Profissionais falando para outros profissionais costumam se entender melhor e ter mais possibilidades de sucesso.
Este Olhar Crônico Esportivo torce por isto, torce pelo sucesso do Marketing FC - Nordeste, afinal, o futebol brasileiro precisa mesmo evoluir, seja gradualmente, seja por saltos, e é o marketing e suas imensas possibilidades uma das áreas mais fascinantes e prontas para crescer e contribuir com nosso futebol.
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