COI apoia decisão do Comitê do Rio. Considerado até agora apenas como falsidade ideológica, caso corre risco de parar na Comissão de Ética
Carolina Bellei
GLOBOESPORTE.COM, Rio de Janeiro
O credenciamento do britânico Simon Walsh, que tentou se passar por jornalista da agência de notícias EFE durante a visita do Comitê Olímpico Internacional (COI) ao Rio de Janeiro, na semana passada, pode prejudicar a candidatura de Madri a sede dos Jogos de 2016. O COI apoiou a atitude do Comitê do Rio de retirar a credencial de Walsh, e o caso corre risco de parar na Comissão de Ética da entidade. Caso isso aconteça, a capital espanhola pode até ser eliminada da disputa, que termina no dia 2 de outubro. Além de Madri e Rio, Tóquio e Chicago estão na luta.De acordo com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), o fato até agora está sendo tratado como falsidade ideológica, já que o britânico, na verdade, trabalha para a agência de notícias da campanha espanhola. Ou seja, ainda não houve uma denúncia sobre uma possível espionagem. O COB ainda está estudando para saber qual providência tomar.
Durante as visitas de inspeção, é comum que as cidades candidatas a sede das Olimpíadas mandem pessoas de sua comissão para acompanhar, mas o credenciamento é diferente. Seguir a programação especial para jornalistas é proibido, por exemplo.
O comitê responsável pela candidatura de Madri aos Jogos de 2016 admitiu que enviou um jornalista ao Rio de Janeiro, mas negou que o objetivo tenha sido o de espionar os projetos da cidade carioca durante a visita dos membros do COI.
O crachá de Walsh foi retirado depois que a agência internacional mandou documento negando que o profissional fosse ou já tivesse sido funcionário da empresa. Porém, o fato só foi descoberto no último dia de visitas, no domingo, pouco antes da reunião final.
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