Vice de futebol diz que Vasco já negocia com três empresas de material esportivo

José Hamilton Mandarino afirma que não acredita que a Champs irá cumprir o que deve ao clube. Acerto com novo parceiro deverá sair em breve

Lucas Ottoni

Rio de Janeiro

A paciência do Vasco com a Champs, atual fornecedora de material esportivo do clube, se esgotou. A diretoria cruzmaltina pretende rescindir o contrato com a empresa e anunciar em breve o novo parceiro que confeccionará os uniformes vascaínos. De acordo com o vice-presidente de futebol, José Hamilton Mandarino, o clube está em negociação avançada com três grandes empresas.

- Eu posso dizer que há um interesse grande. Estamos negociando com três grandes empresas, e um acordo poderá sair muito em breve - disse Mandarino, por telefone, ao GLOBOESPORTE.COM.

As três empresas seriam a Nike, atual patrocinadora do Flamengo, a Adidas, que fornece material esportivo para o Fluminense, e a Fila, que acertou com o Botafogo. Quanto à rescisão com a Champs, Mandarino disse que a empresa paulista descumpriu o contrato com o Vasco em três termos fundamentais: financeiro, esportivo e mercadológico. Portanto, a boa vontade da diretoria cruzmaltina chegou ao fim.

- Além de não recebermos as parcelas que a Champs nos deve (o valor já soma R$ 1,3 milhão), estamos com problemas na entrega de material ao clube, e nem distribuição nas lojas está havendo. Em vários lugares, o torcedor não encontra a camisa do Vasco. Não há circulação no mercado. Além disso, a Champs sempre diz que vai pagar, mas eu me recuso a acreditar nisso. Eu já não acredito. Infelizmente, o contrato não está sendo cumprido. Esse é o grande problema. Não creio em má fé da Champs. O que acontece é que eles estão sendo incapazes de cumprir o que foi acordado com o clube. Portanto, nossa paciência chegou ao fim - afirmou.

Caso a Champs resolva entrar na Justiça contra a possível rescisão unilateral do contrato por parte do Vasco, Mandarino diz que está tranquilo. Segundo ele, não há nada a temer, pois a razão está com o clube carioca.

- Ninguém pode ser impedido de entrar na Justiça. Cada um faz o que acha que é correto. A nossa posição se pauta pelos termos do contrato que foi firmado. A partir do momento em que o contrato não está sendo cumprido, não há mais o que manter. Aqui não se faz maracutaia. Temos um contrato firmado e, consequentemente, estamos andando na linha. Se eles não estão mais cumprindo o acordo, então não há mais acordo. Se a Champs entrar na Justiça, paciência - finalizou.

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