A inclusão social de jovens moradores de comunidades carentes por meio das artes marciais. Este é o principal objetivo dos professores Renata Borba e Luciano Pedrosa, que abriram em Lafaiete, em março do ano passado, a academia LP Fight. Desde então, a dupla de mestres desenvolve o projeto LP Fight Inclusão Marcial – Lutando pelo Futuro, que já atraiu a participação de dezenas de crianças e adolescentes. A ideia é mostrar aos alunos, através do aprendizado do karatê e de outras artes similares, que é possível se firmar socialmente, conquistando respeito e dignidade, por meio das práticas esportivas.
Renata Borba conta que a iniciativa teve origem nos obstáculos enfrentados pelos próprios professores para se qualificar no esporte: “Comecei a treinar aos 13 anos e o Luciano aos 10. Em 2016 fomos morar em Guarulhos, na Grande São Paulo. Lá, passamos oito meses em treinamento,
em busca do sonho de lutar profissionalmente. Treinamos com grandes atletas e professores, muitos campeões. Depois que retornamos a Lafaiete, pensamos abrir uma academia e, nela, trabalhar com crianças carentes”.
Luciana Pedrosa explica a razão de oferecer o acesso às artes marciais para crianças e adolescentes da periferia: “O karatê, por ser um esporte caro, fica ainda menos acessível nesta crise que estamos vivendo. Pensamos numa forma de ajudar essas crianças e adolescentes que não têm condições financeiras de custear seus treinos. Assim nasceu o projeto Lutando Pelo Futuro.
Renata Borba conta que ela e Luciano se lançaram à iniciativa com a cara e a coragem. Até o momento o projeto não conta com nenhum apoio, seja público ou privado: “Atualmente o projeto Lutando pelo Futuro não conta com nenhum recurso público, nem de empresa privada. Na LP Fight quem banca o projeto somos, basicamente, Luciano e eu. Quando voltamos de São Paulo, procuramos o sensei Odair, que trabalhava com crianças já há algum tempo e se juntou a nós.”
De acordo com Luciano Pedrosa, o projeto está aberto a crianças e adolescentes de ambos os sexos, em situação de vulnerabilidade social, dos três aos 17 anos, desde que estejam frequentando a escola. Crianças com deficiência física ou comprometimento intelectual também são bem-vindas.
Atualmente há 60 meninos e meninas matriculados, mas a meta dos professores é ambiciosa: atender a mais de 100 crianças até o fim deste ano.
O objetivo é oferecer a este público a oportunidade de aprender os fundamentos do Karatê de forma orientada, regular e saudável, além de proporcionar a inserção social por meio de práticas educativas e do incentivo ao rendimento e a frequência escolar. A meta atual da academia LP Fight é formalizar o projeto e, para tanto, busca o apoio de entidades públicas e particulares que acreditem na iniciativa.
Se você quiser conhecer pessoalmente o projeto LP Fight Inclusão Marcial – Lutando para o Futuro, visite a academia LP Fight, que funciona à rua Padre Lobo 454, no bairro Chapada. Para saber mais sobre a iniciativa é só falar com Renata ou Luciano pelos telefones (31) 98631-0636 ou (31) 98233-1331.
Empresas e entidades que puderem ajudar adotando um atleta podem entrar em contato via e-mail: lpfighdanca@gmail.com
FONTE: FATO REAL
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