
Para muitos o esporte é a maior paixão mundial que existe, em pesquisas comprovadas, a final da Copa do Mundo e a abertura das Olimpíadas são as maiores audiências televisivas, ganhando de eventos como entrega do Oscar, concurso de Miss Universo e a realização do Grammy. Sendo que as finais da Eurocopa, da Champions League e da Libertadores, também tem altos picos de telespectadores, lembrando que mundiais de críquete, rugby, hockey na grama, são bem assistidos, além da Fomula 1 e o campeonato americano de basquete (NBA), que possuem admiradores no mundo inteiro.
Dificilmente quem investe em esporte se arrepende, uma das maiores jogadas são as placas publicitárias em estádios e quadras, principalmente hoje com a criação do youtube, onde se procura muitos jogos antigos, e alguns patrocinadores ficam para sempre na memória, um exemplo, o jogo entre Brasil x Itália na Copa de 1970, sempre foi muito exibido em documentários sobre copas, assim como ainda hoje, ele é super procurado no youtube, de uma forma muito lógica, as propagandas publicitárias ainda aparecem, sendo assim, ficou uma divulgação permanente, mesmo, os times considerados pequenos, não podem ser desmerecidos, o motivo é simples, quando essas equipes, enfrentam um clube considerado grande, ela vai aparecer na televisão em horário nobre, fazendo com que muitos vejam sua marca, quando o produto estampado na camisa for desconhecido, alguns procuraram na internet, fazendo com que a propaganda seja mais promissora do que se imaginava.
Exemplos
gloriosos de patrocínio no futebol:
Palmeiras/Parmalat:
Até hoje quando se fala daquele glorioso time, que venceu em seis
anos, três campeonatos paulistas, dois brasileiros, uma copa do
Brasil e uma libertadores, além de investir no basquete e no vôlei
do clube, quando se lembra daquela famosa equipe se fala: no tempo da
Parmalat, lembrando que a multinacional italiana, sempre investiu no
vôlei de seu país, e na Formula 1, sendo que já patrocinou times
como: Real Madrid/ESP, Boca Juniors/ARG, Penarol/URU, Audax
Italiano/CHI, Parma/ITA, Universidade do Chile/CHI, Benfica/POR,
Juventude de Caxias do Sul e Santa Cruz do Recife.
Corinthians
/Kalunga: A
empresa de material para escritório ficou com o time do Parque São
Jorge, durante dez anos, de 1985, quando estreou num empate contra o
Vasco em 2×2 (esse jogo apareceu numa novela Global, chamada Vereda
Tropical), até 1994, quando o alvinegro foi vice-campeão contra o
Palmeiras na final do campeonato brasileiro, apesar de fazer mais de
vinte anos que a empresa não está mais com o clube, todos que
passam perto da Kalunga, lembram que o Corinthians já foi
patrocinado, mesmo não sendo uma época de muitos títulos, apenas
um paulista em 1988 e um brasileiro em 1990.
Flamengo/Lubrax:
Foram
vinte e cinco anos, muitos diziam que era estranho ver a camisa do
Flamengo sem a patrocinadora, de 1984 a 2009, nesse período, o rubro
negro venceu 10 campeonatos cariocas, duas copas do Brasil e dois
brasileiros (em 2009 a empresa já tinha saído quando o time ganhou
o campeonato nacional), além de uma copa Mercosul.
Fluminense/Unimed:
O
time carioca passou pela maior humilhação que um time grande no
Brasil já passou, em 1999 estava na serie C, onde alguns clubes
médios tem vergonha de disputar, para um clube como o Fluminense era
uma coisa drástica, nesse momento delicado a Unimed vem para salvar
o time, que consegui em 15 anos, três cariocas, uma copa do Brasil e
dois campeonatos brasileiros, é uma triste serie C, mesmo assim, o
tricolor só tem que agradecer a empresa, que ficou com cara de
Fluminense.
Coca
Cola/Copa União: Em
1987, os times grandes se rebelaram, exigindo um campeonato com menos
times, e que todos se cruzassem, ao contrario dos anos anteriores,
onde todos os campeões regionais disputavam e, alguns grandes
ficavam anos sem se cruzar, nesse momento de grandeza, a Coca Cola
investiu em quase todos os dezesseis participantes, o que gerou uma
polemica, foi o fato de alguns times que não queriam a cor vermelha
na camisa, isso começou com o Grêmio, seguindo por Botafogo e
Santos, além do Palmeiras que já teve essa cor no passado, o time
alviverde, ficou com a cor branca e verde, os outros tinham apenas
branco e preto, o Grêmio chegou a barrar o vermelho inclusive nas
placas de publicidade, já que o maior rival tem a cor vermelha, isso
tudo virou uma argumentação absurda, fazendo com que a marca
ficasse em evidencia no futebol;
Banco
BMG: Chegou
a ser o patrocinador mais influente do Brasil em 2011, o banco não
poupou investimento, chegou a ter em seu cast mais de vinte cinco
times, entre eles vários campeões brasileiros como: Cruzeiro,
Coritiba, Flamengo (futebol e basquete), Sport, São Paulo,
Palmeiras, Vasco, Atlético/MG, Santos, além de outros clubes que
estavam jogando as quatro divisões do Brasil, algum até
desconhecidos pelo grande publica, são eles: Londrina/PR, Plácido
Castro/AC, Icasa/CE, Tupi/MG, Treze e Campinense (ambos de Campina
Grande/PB), CRB/AL, Uberaba/MG, Araxá/MG, America/MG, Atlético/GO,
entre outros, era normal ligar a televisão num programa esportivo e,
avistar a empresa estampada em alguma camisa, lembrando que alguns
times de vôlei, tinham também o logotipo, o banco tinha as cores
nas letras laranja, mas, permitiu que os clubes colocassem outras
tonalidades, um fato curioso, e que o BMG patrocinava três times com
o nome de Rio Branco, o de São Paulo, de Minas Gerais e do Acre. Um
exemplo de serviço de marketing.
Medial/Corinthians:
A
empresa de saúde, famosa pela sua cor verde, foi obrigada a aceitar
colocar suas letras em pretas, na camisa do time paulista, foi num
momento delicado quando o time foi rebaixado para a segunda divisão,
precisava de um patrocinador forte, acharam a hora certa para fazer
esse patrocínio, pois, o clube chamou demais atenção da mídia,
pelo fato de disputar a serie B.
Caixa
Econômica: A
instituição financeira, entre 2012 a 2017, foi a que mais apoiou o
esporte bretão, sua logomarca esteve presente em times como:
Atlético/PR, Goiás, Figueirense, Cruzeiro, Coritiba, Atlético/MG,
Vitoria, Bahia, Flamengo, Paysandu, Vasco, Atlético/GO, Sport,
Náutico, CRB, Avaí, ABC, America/MG, Botafogo, Brasil de Pelotas,
Ceará, Criciúma, Londrina, Ponte Preta, Santos e Vila Nova/GO. A
maioria deles estava na seria A nesse período, sempre aparecendo em
horário nobre.
Outros
bancos e financeiras: Em
2017 o país passava por uma crise financeira, arrumar o patrocínio,
ficou uma coisa difícil, nessa hora, recorrer a banco era uma saída.
O São Paulo apareceu com o Intermediun, até então desconhecido
para o grande publico, o Grêmio vencedor da Taça Libertadores
exibiu em suas camisas o Banrisul, o Palmeiras campeão brasileiro um
ano antes, fechou com a financeira Crefisa, que inclusive investiu na
compra de jogadores.
Santa
Cruz/Sport/Náutico: As
três maiores equipes pernambucanas já tiveram três patrocinadores
iguais, Coca Cola, Banorte e Excelsior Seguros, segundo os
especialistas, isso é uma forma de não ganhar antipatia do rival,
pois, muita torcida arqui – inimiga boicota o patrocinador do
oponente, quem obteve essa mesma estratégia foi a operadora TIM,
que patrocinou os três times de Alagoas CSA, CRB e ASA, conhecidos
como campeonatos das letrinhas, assim como os quatro grandes do Rio
de Janeiro, os rivais Grêmio e Internacional, Cruzeiro e
Atlético/MG, Coritiba e Atlético/PR, Bahia e Vitória, além de
Corinthians, Palmeiras e São Paulo, onde os torcedores que
adquirissem o chip, recebiam noticias de seu time.
Banco
do Brasil: Para
muitos, foi à empresa que deixou o vôlei forte no Brasil, desde que
abraçou o esporte, a modalidade foi três vezes campeã olímpica, a
política do agrada todos ou nenhum, é a lei, o Banco do Brasil não
patrocina times, para não ter problema com “clubismo”, hoje o
handebol também recebe um investimento, motivo que a seleção
feminina já foi campeã mundial, além do vôlei de praia, futsal, e
atletas como Robert Scheidt (vela) e Felipe Nasr (Formula 1). Já
trabalhando também em eventos de skate e tênis.
Red
Bull: O
energético austríaco é um sinônimo de incentivo ao esporte,
possui escuderia na Formula 1, existem quatro times de futebol com o
nome de Red Bull, se localizam na Alemanha, Estados Unidos, Áustria
e Brasil (RB Brasil localizado em Campinas), além disso, patrocina
atletas das modalidades: triatlo, futvolei, skate, stock car, surf,
escalada, vôlei de praia, basquete, capoeira, vôlei, futebol
(Neymar).
Correios:
Possui
modalidades olímpicas como: tênis, handebol, natação, saltos
ornamentais, maratona aquática, nado sincronizado e polo aquático.
Bradesco:
Possui
time de vôlei e basquete feminino, onde faz selecionado com atletas
mais jovens.
Curiosidades:
A
Copa União de 1987, foi o grande momento do marketing esportivo, com
o termino do campeonato brasileiro de futebol em 1986, a CBF alegou
que não tinha dinheiro para realização da competição do ano
seguinte, segundo especulações, para os dirigentes paulistas e
cariocas, era interessante o campeonato brasileiro ser fraco, pois,
muitos alegavam que os regionais de São Paulo e Rio de Janeiro eram
mais rentáveis, o motivo era o seguinte, num jogo de interesse do
governo federal em fazer media com os times considerados pequenos,
faziam disputas muito inchadas, em 1979 chegou a ter 94 times, com
isso, os grandes clubes do Brasil (Flamengo, Corinthians, São Paulo,
Palmeiras, Vasco, Cruzeiro, Grêmio, Santos, Internacional,
Atlético/MG, Fluminense e Botafogo), muitas vezes, não se cruzavam
em campeonatos nacionais, isso começou a trazer prejuízos, estava
na hora de uma evolução, virada, o futebol estava ficando muito
caro.
A
primeira ideia era fazer um campeonato igual os regionais, onde
teríamos primeira e segunda divisão (isso pessoas mais jovens, até
1986 não existia rebaixamento no brasileirão, os times se
classificavam, devido a sua campanha no regional) com isso, eles
seriam desvinculando totalmente dos estaduais, agora era pensar em
patrocínios.
A
Varing patrocinou as viagens dos times, isso já foi uma economia
gigante, além da evidencia em que a empresa ficou; a editora Abril
lançou álbum de figurinha do campeonato, que virou febre entre
crianças e adolescentes, os que colecionavam, sabiam o nome de todos
os titulares do campeonato, além dos times venderem o direito de
imagem, as ideias estavam sendo lançadas, como já foi dito a Coca
Cola patrocinou quase todos os times.
Os
Mascotes: Para
quem não sabe, alguns times são obrigados a pagar direito autoral
para se ter o mascote, exemplos o Botafogo tinha o Pato Donald, assim
como o Flamengo o Popeye, o Bahia o Super Homem, com exceção do
time do nordeste, os clubes do Rio mudaram os seus personagens, hoje
o Rubro Negro tem um urubu (antigo símbolo pejorativo, xingado pelos
rivais), o alvinegro colocou um menino, segundo informações,
antigamente não se ligava muito para isso, o Walt Disney não se
preocupava se alguém usava um personagem seu, pois, isso era até
uma propaganda de graça, mas, a coisa mudou muito, hoje usar a
imagem de um personagem de desenho sem autorização, da mais
problema que uma imagem pessoal, dizem que chegou a se especular se o
papagaio do Palmeiras, não era o Zé Carioca, coisa que o clube
provou que não tinha nada a ver. Provando que com marketing se ganha
dinheiro por todos os lados.
Olimpíadas:
A
importância de patrocínio para um evento tão grandioso aconteceu
em 1976 em Montreal, foi à olimpíada que deu mais prejuízo na
historia, por causa disso, a cidade aumentou todos os seus impostos,
sendo a mais cara do Canadá durante décadas, apenas no inicio do
século XXI, mais precisamente em 2006, e que conseguiram pagar as
dividas, que chegou a dois bilhões de dólares. O motivo para tanto
prejuízo, foram: quatro anos antes, grupo terrorista palestino,
sequestrou e matou atletas israelitas, isso afastou o publico, depois
foram os boicotes, um problema entre África do Sul e Nova Zelândia
num campeonato de rugby, fez com que a África boicotassem a
olimpíada de Montreal, juntos com vários países africanos. Se
tivessem patrocínios esse problema não teria acontecido. EM 1984,
isso quase aconteceu em Los Angeles, mas o povo protestou, dizendo
que não pagaria nada, é os investidores apareceram, isso mostra
quanto o marketing é importante.
Seleção
Brasileira: A
prova que o marketing tem que ser bem elaborado, aconteceu com a
seleção em duas Copas, primeiro foi em 1990, onde alguns jogadores
lideraram o boicote ao patrocinador, que era a Pepsi, motivos, até
hoje não foram bem explicados, na hora do hino, tampavam a
logomarca, alegando que estavam colocando a mão no coração; o
outro motivo de discussão, foi na de 1994, onde no álbum de
figurinha, a foto de Romário não saiu, pois, ele não aceitou o
valor do royalties, achando que ele teria que receber mais. Isso
prova que além de patrocinar, tem que se conversar tudo antes, pois,
casualidades como essas ficam marcadas para sempre de forma negativa.
Hoje é normal no futebol, patrocinadores pagar salário de
jogadores, sendo uma das melhores formas de marketing, como aconteceu
com o Ronaldo Fenômeno no Corinthians e com Ronaldinho Gaucho no
Atlético/MG, ambos viraram ídolos das torcidas, tipo de patrocínio
que ninguém se arrepende.
Ayrton
Sena: Talvez
a personalidade mais querida do Brasil, o homem que literalmente
comoveu o mundo com a sua morte, depois de um acidente em 1994 no
grande premio da Itália, desde que faleceu, sua imagem é muito
mostrada, seja na televisão, revistas, redes sociais, ou qualquer
mídia visível, ele durante boa parte da carreira foi patrocinado
pelo extinto banco Nacional, apesar da empresa não existir mais, a
marca mostra a importância, pois, quase sempre Ayrton Sena aparece
com o boné com o símbolo do banco, como já foi dito, um patrocínio
permanente, assim como a marca de cigarro John Player Special, que
patrocinava o memorável carro de Senna, na época da Lotus (antes
dele se tornar campeão mundial), esse automóvel ficou mais famoso
do que a Maclarem, onde Ayrton ganhou três campeonatos mundiais, era
um carro todo preto, ficou na memória de quem viu, como viram a
criatividade fala sempre mais alto. Merece resaltar que Nelson Piquet
com o carro da marca de roupas Benetton (que possuía escuderia
própria), chegou a ser eleito o carro mais bonito, são essas horas
em que percebemos que o investimento no esporte é valido.
Uma
curiosidade em termos de Formula 1, muitos patrocinadores bizarros,
eram estampados nos carros, na maioria das vezes em pilotos
desconhecidos e equipes pequenas, exemplos: Funerária (escuderia
Merzario), personagens como: Mickey e Pateta, Sonic, Star Wars,
Xena; a Revista Masculina Penthouse (onde o carro tinha uma mulher
bem sensual estampada), grupos musicais como: ABBA (Pop Sueco) Daft
Punk (grupo de musica eletrônica), um cigarro de nome Death. Isso
tudo sempre fez com que a Formula 1 tivesse esse lado exótico.
Como
viram, o esporte talvez seja o melhor caminho para uma marca, pois,
sempre será associada a coisa saudável, a exposição é muita, é
dificilmente alguma empresa se arrepende, como já foi dito tudo tem
que ser bem elaborado.
FONTE: JORNAL DE BRASÍLIA
FONTE: JORNAL DE BRASÍLIA
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