A performance de Jéssica "Bate-Estaca" Andrade neste último sábado chamou a atenção. Mais uma vez. A peso-palha (até 52kg) nocauteou Karolina Kowalkiewicz em menos de dois minutos no UFC 228, em Dallas, e se colocou em posição de pedir por uma nova disputa de cinturão, desafiando a campeã Rose Namajunas. Na coletiva, a lutadora de 26 anos disse que esperava pelo nocaute, mas não que fosse ser tão rápido.
- Treinei muito muay thai durante três meses para essa luta, todos os dias tinha uma aula particular de muay thai, e vim acreditando que ia nocautear, mas não imaginava que nocautearia tão rápido no primeiro round. Mas vim muito confiante, sabia de toda a minha força, sabia tudo que podia fazer lá dentro, conhecia todas as técnicas da Karolina, e deu tudo certo. Consegui nocautear e foi essa vitória arrasadora, e não tenho dúvidas de que posso ser a próxima a disputar o cinturão.
Jéssica já havia dito antes da luta que tentaria mostrar sua evolução na trocação, fugindo do jogo de quedas que faz tão bem. Diante de uma adversária do muay thai, ela mostrou que pode fazer frente às rivais de qualquer jeito.
- Estava esperando o tempo certo para achar o golpe perfeito para conseguir esse nocaute. Senti que no começo da luta consegui fazer ela ficar mais tonta, ela meio que bambeou, e aí fui achando o momento certo para colocar bons golpes e também mostrar que evoluí a minha parte de muay thai. Inclusive, saí sem nenhum machucado e consegui mostrar para todo mundo essa evolução que tive.
Sobre a possível próxima rival, a campeã Rose Namajunas, Bate-Estaca fez questão de apontar sua evolução desde que a americana perdeu pela última vez, justamente contra Kowalkiewicz, em 2016. Porém, ela acredita que suas últimas apresentações a credenciam a ser campeã peso-palha do UFC.
- A Rose é uma atleta muito versátil, ela trabalha muito bem a trocação, evoluiu muito desde que lutou com a Karolina. Mas acredito que tenho grandes chances de vencer e ser a campeã, tanto na trocação quanto na parte de chão. Melhorei muito, e depois do nocaute desta noite me deixou um passo mais próxima de poder disputar esse cinturão, e mostrar para as pessoas que posso ser uma grande trocadora e uma "jiujiteira". Vou dar muito trabalho para essas meninas na categoria.
Logo depois da vitória, ainda no octógono, Jéssica Bate-Estaca pediu a luta pelo título com data e local. Ela garantiu que estaria pronta para disputar o cinturão no dia 29 de dezembro, no UFC 232, em Las Vegas. O card será encabeçado por Amanda Nunes e Cris Cyborg, que defenderá o cinturão peso-pena contra a baiana.
- Para ter um tempo de treino, dia 29 de dezembro seria uma data maravilhosa. Inclusive, já têm duas brasileiras lutando, e acho que isso chama bastante a atenção do UFC. E me colocaria num lugar muito legal para a visão dos brasileiros, para a visão no UFC, seria muito bom! Estaria bem pronta para o dia 29 de dezembro, quem não quer lutar no último UFC do ano? Pedi essa luta, e vamos ver o que o Dana e o UFC têm planejado para mim. Mas que aconteça essa luta, só quero que aconteça.
A lutadora nascida em Umuarama-PR ainda destacou que o momento hoje é bem diferente daquele em que disputou pela primeira vez o título da categoria, quando acabou derrotada por decisão unânime pela hoje ex-campeã Joanna Jedrzejczyk, em maio de 2017.
- Acredito que na minha luta pelo cinturão eu não estava tão focada, não estava tão bem, vim de lesão grave duas semanas antes da luta, não conseguia fazer força, não conseguia travar, não conseguia jogar para o chão. Isso meu deixou um pouco sem confiança para fazer a minha luta, e precisava colocar a luta para baixo. Acabei dando espaço demais para a Joanna, e hoje não existe mais isso. Tenho uma ótima fisioterapia lá no Vasco, que cuida de mim, que me deixa pronta para as minhas lutas. Agora, sem lesão nenhuma, não tem como não trazer as vitórias para o Brasil. Sou uma lutadora bem mais focada, bem mais forte, e bem mais preparada para qualquer adversária - afirmou Jéssica, que depois de perder a chance pelo título emendou vitórias contra Cláudia Gadelha, Tecia Torres e agora Karolina Kowalkiewicz.
Para coroar a noite em Dallas, Bate-Estaca ainda ganhou um bônus de US$ 50 mil pela performance no octógono, ou seja, cerca de R$ 203 mil extras. Ela destacou a importância de sua equipe e seu treinador para seu sucesso.
- Fiquei sabendo na caminhada para cá (para a sala de imprensa). Estou muito feliz, isso é a conquista de um bom trabalho com minha equipe, a PRVT, com meu mestre Paraná, e sem eles isso não aconteceria. Se hoje posso dar esse show e conseguir os bônus é graças à minha equipe e a todo esse trabalho, E vamos buscar muito mais ainda!
Lutadora de MMA Jéssica Andrade fala sobre o apoio do Vasco
Para se preparar para o duelo com a polonesa, a lutadora ganhou um reforço em sua preparação. Ela agora recebe apoio do Vasco da Gama, que cede sua estrutura e dá ajuda de custo mensal para ela, conforme o próprio clube confirmou.
A história começou através de sua companheira de equipe na PRVT, a vascaina Priscila Pedrita. Em março, ao viajar para São Paulo para dar uma entrevista no Dia Internacional da Mulher, Pedrita conheceu a vice-presidente de assuntos femininos do Vasco, Sônia Andrade, que se interessou pela história de superação da lutadora e, ao saber que ela tinha acabado de passar por cirurgia no joelho, ofereceu a estrutura do clube para que ela pudesse fazer fisioterapia. Pouco tempo depois, Priscila levou Jéssica.
- Tudo começou através da Sônia Andrade, que também foi dar entrevista. Ela viu minha entrevista, achou bonita a minha história e decidiu me ajudar. Perguntou se eu tinha onde fazer fisioterapia, falei que ainda estava vendo e ela abriu as portas do Vasco para me ajudar. Eles me ajudam com fisioterapia, uniforme, cesta básica... Me ajudam com o que podem e até com o que não podem. Vida de lutador não é fácil, a gente ganha por luta, estou há quase oito meses sem lutar, minhas condições apertaram, não deu para manter, então eles me ajudam com uma ajuda de custo mensal e assim vamos indo. Além de ser vascaina também, então caiu com uma luva ser apoiada pelo meu time do coração. Levei a Jessica junto, que ela precisava de uma fisioterapia boa para a luta dela, e encaixei ela lá dentro - contou Pedrita, que estreou no UFC em fevereiro ao ser derrotada por Valetina Shevchenko e sofreu uma lesão grave no joelho direito na ocasião.
Com a ajuda de Sônia e Priscila, Jéssica Bate-Estaca passou a usar as dependências do Vasco para fazer fisioterapia e, atualmente, elas estão sob os cuidados da vice-presidência de desportos terrestres, comandada por Francisco Vilanova. A brasileira exaltou a estrutura que encontrou em São Januário para se preparar para o UFC 228.
- Quando sentamos para conversar, muitas ideias minhas e da PRVT se encontraram com as ideias do clube e da vice-presidente Sônia, sobre a importância da mulher no esporte. Como muitos já sabem, hoje a PRVT tem o maior time de MMA feminino do mundo, e o Vasco tem diversas campanhas que apoiam a mulher esportista e isso faz uma grande diferença na vida de uma atleta. Hoje, no Brasil, somos carentes de mulheres que levantem a bandeira feminina do esporte, e foi aí que iniciamos uma parceria de sucesso, que tem dado muito certo. O Vasco possui o melhor centro de tratamento de fisioterapia do Brasil, com profissionais altamente qualificados. Já tratei uma lesão antiga e hoje faço a prevenção de futuras lesões - explicou.
Empolgado com a parceria de suas atletas na PRVT com o Vasco, o líder da equipe, Gilliard Paraná, agora sonha poder ter outras lutadoras apoiadas pelo clube.
- Eles dão uma ajuda de custo e a estrutura das dependências para elas fazerem fisioterapia. Dão um apoio mensal de grana também, que não é muito, mas já ajuda. Teve uma reunião que as meninas participaram e perguntaram se estão interessados em trazer novos atletas. Agora estamos esperando para ver se vão trazer mais - concluiu.
Fonte: Sportv.com
- Treinei muito muay thai durante três meses para essa luta, todos os dias tinha uma aula particular de muay thai, e vim acreditando que ia nocautear, mas não imaginava que nocautearia tão rápido no primeiro round. Mas vim muito confiante, sabia de toda a minha força, sabia tudo que podia fazer lá dentro, conhecia todas as técnicas da Karolina, e deu tudo certo. Consegui nocautear e foi essa vitória arrasadora, e não tenho dúvidas de que posso ser a próxima a disputar o cinturão.
Jéssica já havia dito antes da luta que tentaria mostrar sua evolução na trocação, fugindo do jogo de quedas que faz tão bem. Diante de uma adversária do muay thai, ela mostrou que pode fazer frente às rivais de qualquer jeito.
- Estava esperando o tempo certo para achar o golpe perfeito para conseguir esse nocaute. Senti que no começo da luta consegui fazer ela ficar mais tonta, ela meio que bambeou, e aí fui achando o momento certo para colocar bons golpes e também mostrar que evoluí a minha parte de muay thai. Inclusive, saí sem nenhum machucado e consegui mostrar para todo mundo essa evolução que tive.
Sobre a possível próxima rival, a campeã Rose Namajunas, Bate-Estaca fez questão de apontar sua evolução desde que a americana perdeu pela última vez, justamente contra Kowalkiewicz, em 2016. Porém, ela acredita que suas últimas apresentações a credenciam a ser campeã peso-palha do UFC.
- A Rose é uma atleta muito versátil, ela trabalha muito bem a trocação, evoluiu muito desde que lutou com a Karolina. Mas acredito que tenho grandes chances de vencer e ser a campeã, tanto na trocação quanto na parte de chão. Melhorei muito, e depois do nocaute desta noite me deixou um passo mais próxima de poder disputar esse cinturão, e mostrar para as pessoas que posso ser uma grande trocadora e uma "jiujiteira". Vou dar muito trabalho para essas meninas na categoria.
Logo depois da vitória, ainda no octógono, Jéssica Bate-Estaca pediu a luta pelo título com data e local. Ela garantiu que estaria pronta para disputar o cinturão no dia 29 de dezembro, no UFC 232, em Las Vegas. O card será encabeçado por Amanda Nunes e Cris Cyborg, que defenderá o cinturão peso-pena contra a baiana.
- Para ter um tempo de treino, dia 29 de dezembro seria uma data maravilhosa. Inclusive, já têm duas brasileiras lutando, e acho que isso chama bastante a atenção do UFC. E me colocaria num lugar muito legal para a visão dos brasileiros, para a visão no UFC, seria muito bom! Estaria bem pronta para o dia 29 de dezembro, quem não quer lutar no último UFC do ano? Pedi essa luta, e vamos ver o que o Dana e o UFC têm planejado para mim. Mas que aconteça essa luta, só quero que aconteça.
A lutadora nascida em Umuarama-PR ainda destacou que o momento hoje é bem diferente daquele em que disputou pela primeira vez o título da categoria, quando acabou derrotada por decisão unânime pela hoje ex-campeã Joanna Jedrzejczyk, em maio de 2017.
- Acredito que na minha luta pelo cinturão eu não estava tão focada, não estava tão bem, vim de lesão grave duas semanas antes da luta, não conseguia fazer força, não conseguia travar, não conseguia jogar para o chão. Isso meu deixou um pouco sem confiança para fazer a minha luta, e precisava colocar a luta para baixo. Acabei dando espaço demais para a Joanna, e hoje não existe mais isso. Tenho uma ótima fisioterapia lá no Vasco, que cuida de mim, que me deixa pronta para as minhas lutas. Agora, sem lesão nenhuma, não tem como não trazer as vitórias para o Brasil. Sou uma lutadora bem mais focada, bem mais forte, e bem mais preparada para qualquer adversária - afirmou Jéssica, que depois de perder a chance pelo título emendou vitórias contra Cláudia Gadelha, Tecia Torres e agora Karolina Kowalkiewicz.
Para coroar a noite em Dallas, Bate-Estaca ainda ganhou um bônus de US$ 50 mil pela performance no octógono, ou seja, cerca de R$ 203 mil extras. Ela destacou a importância de sua equipe e seu treinador para seu sucesso.
- Fiquei sabendo na caminhada para cá (para a sala de imprensa). Estou muito feliz, isso é a conquista de um bom trabalho com minha equipe, a PRVT, com meu mestre Paraná, e sem eles isso não aconteceria. Se hoje posso dar esse show e conseguir os bônus é graças à minha equipe e a todo esse trabalho, E vamos buscar muito mais ainda!
Jessica Bate-Estaca era só sorrisos após vitória no UFC 228 |
Jéssica Bate-Estaca nocauteou Karolina Kowalkiewicz anda no primeiro round |
Lutadora de MMA Jéssica Andrade fala sobre o apoio do Vasco
Para se preparar para o duelo com a polonesa, a lutadora ganhou um reforço em sua preparação. Ela agora recebe apoio do Vasco da Gama, que cede sua estrutura e dá ajuda de custo mensal para ela, conforme o próprio clube confirmou.
A história começou através de sua companheira de equipe na PRVT, a vascaina Priscila Pedrita. Em março, ao viajar para São Paulo para dar uma entrevista no Dia Internacional da Mulher, Pedrita conheceu a vice-presidente de assuntos femininos do Vasco, Sônia Andrade, que se interessou pela história de superação da lutadora e, ao saber que ela tinha acabado de passar por cirurgia no joelho, ofereceu a estrutura do clube para que ela pudesse fazer fisioterapia. Pouco tempo depois, Priscila levou Jéssica.
- Tudo começou através da Sônia Andrade, que também foi dar entrevista. Ela viu minha entrevista, achou bonita a minha história e decidiu me ajudar. Perguntou se eu tinha onde fazer fisioterapia, falei que ainda estava vendo e ela abriu as portas do Vasco para me ajudar. Eles me ajudam com fisioterapia, uniforme, cesta básica... Me ajudam com o que podem e até com o que não podem. Vida de lutador não é fácil, a gente ganha por luta, estou há quase oito meses sem lutar, minhas condições apertaram, não deu para manter, então eles me ajudam com uma ajuda de custo mensal e assim vamos indo. Além de ser vascaina também, então caiu com uma luva ser apoiada pelo meu time do coração. Levei a Jessica junto, que ela precisava de uma fisioterapia boa para a luta dela, e encaixei ela lá dentro - contou Pedrita, que estreou no UFC em fevereiro ao ser derrotada por Valetina Shevchenko e sofreu uma lesão grave no joelho direito na ocasião.
Com a ajuda de Sônia e Priscila, Jéssica Bate-Estaca passou a usar as dependências do Vasco para fazer fisioterapia e, atualmente, elas estão sob os cuidados da vice-presidência de desportos terrestres, comandada por Francisco Vilanova. A brasileira exaltou a estrutura que encontrou em São Januário para se preparar para o UFC 228.
- Quando sentamos para conversar, muitas ideias minhas e da PRVT se encontraram com as ideias do clube e da vice-presidente Sônia, sobre a importância da mulher no esporte. Como muitos já sabem, hoje a PRVT tem o maior time de MMA feminino do mundo, e o Vasco tem diversas campanhas que apoiam a mulher esportista e isso faz uma grande diferença na vida de uma atleta. Hoje, no Brasil, somos carentes de mulheres que levantem a bandeira feminina do esporte, e foi aí que iniciamos uma parceria de sucesso, que tem dado muito certo. O Vasco possui o melhor centro de tratamento de fisioterapia do Brasil, com profissionais altamente qualificados. Já tratei uma lesão antiga e hoje faço a prevenção de futuras lesões - explicou.
Empolgado com a parceria de suas atletas na PRVT com o Vasco, o líder da equipe, Gilliard Paraná, agora sonha poder ter outras lutadoras apoiadas pelo clube.
- Eles dão uma ajuda de custo e a estrutura das dependências para elas fazerem fisioterapia. Dão um apoio mensal de grana também, que não é muito, mas já ajuda. Teve uma reunião que as meninas participaram e perguntaram se estão interessados em trazer novos atletas. Agora estamos esperando para ver se vão trazer mais - concluiu.
Priscila Pedrita posa uniformizada nas dependências da fisioterapia do Vasco da Gama |
Jéssica Bate-Estaca posa com o dr. Gilvan Paes, que cuida dela e de Pedrita no Vasco |
Fonte: Sportv.com
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