Um presente de Natal polêmico para o Vasco da Gama. No dia 24 de dezembro, o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, gravou em seu Twitter um vídeo dizendo que daria a um amigo a camisa do Vasco de presente.
Na gravação, Hang anunciou que, em 2020, o uniforme do clube terá, nas mangas, o nome da loja comandada por Hang. O anúncio gerou polêmica, já que Hang é defensor da política de extrema direita de Jair Bolsonaro, algo que vai frontalmente contra a história do clube, primeiro do país a aceitar atletas negros.
A aproximação de Hang com o Vasco aconteceu logo após o Campeonato Brasileiro. O presidente do clube, Alexandre Campello, foi a Brusque, em Santa Catarina, conhecer a sede da Havan. Assíduo usuário de redes sociais, Luciano Hang postou vídeos mostrando a visita de Campello, que aconteceu pouco tempo depois de uma campanha em redes sociais pedir o patrocínio da Havan ao clube.
O encontro já havia gerado protestos na sede náutica do Vasco, que fica na Lagoa Rodrigo de Freitas, zona Sul do Rio de Janeiro. Algumas pixações no muro da sede pediam o afastamento do patrocínio e reforçavam que Hang ia contra a história do Vasco.
O empresário foi apontado como um dos financiadores de disparos de mensagens via WhatsApp em favor de Jair Bolsonaro na época das eleições para a presidência, em 2018, prática que é considerada crime eleitoral. Além disso, foi acusado de coagir funcionários a votarem em seu candidato, ameaçando-os de demissão caso isso não acontecesse.
Desde o polêmico encontro, Campello não se pronunciou sobre o patrocínio. Tanto que o anúncio do acordo partiu exclusivamente de Hang em seu Twitter.
"Quero dizer para todos os vascaínos que em 2020 vai ter um patrocínio da Havan aqui. Está confirmado. É um presente de ano novo para todos os vascaínos. Obrigado, pessoal!", disse Hang na gravação que já soma 740 mil visualizações.
Segundo o diário "Lance!", o acordo deverá render R$ 2,5 milhões aos cofres do Vasco, sendo que as premiações por metas alcançadas podem dar mais R$ 1 milhão ao clube, que passa por delicado momento financeiro.
Com o negócio, a Havan amplia sua exposição no futebol e mantém a presença em dois times da Série A do Campeonato Brasileiro. A empresa é patrocinadora do Athletico e, também, da Chapecoense, que acabou rebaixada à Série B em 2020. No time paranaense, a marca da empresa também está no ombro, enquanto na equipe catarinense ela também aparece no calção de jogo. Os dois acordos são válidos até o fim de 2020.
Fonte: Máquina do Esporte
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