O lateral do Fluminense, Guilherme Henrique da Silva, de 19 anos, passa férias em Congonhas até 12 de fevereiro, após se destacar durante a disputa da Copa São Paulo de Futebol Jr.. O atleta congonhense chamou a atenção de parte da mídia especializada que cobriu a Copinha 2020, como foi o caso de comentaristas do canal fechado Sportv.
Por meio de seu perfil no Twitter, o apresentador de TV dos canais Fox Sports, José Ilan, pediu a promoção de quatro jogadores do Fluminense que disputaram a competição: Guilherme e os atacantes Jefferson, Luiz Henrique e Lucas Ribeiro. A tradicionalíssima competição já revelou craques como o também lateral Cafu, os atacantes Ronaldo, Ronaldinho Romárío, Neymar e Vinícius Jr., os meio-campo Kaká, Raí e os goleiros Alisson, Dida e Rogério Ceni.
Guilherme conta como foi a oportunidade de atuar nas categorias de base do tricolor carioca e de já até ter disputado a Divisão B1 do Campeonato Carioca pelo Duque de Caxias e pelo Tigres. “A experiência é fora do normal, porque meu pai, Geovane, tentou este sonho, meu avô Tonhão também , e não conseguiram chegar ao objetivo, que era serem jogadores profissionais. Eu estou chegando, graças a Deus, e tem muita coisa para acontecer ainda”, promete.
Ele começou a jogar futebol no Centroluz, na equipe do treinador Valdemar, ainda quando morava em Conselheiro Lafaiete. Em Congonhas, passou pelo Fox, com o treinador Galo, Astra, com o técnico Juninho, e Bangu, sob o comando de Carlos Calazans. Neste meio tempo, atuou pelo América-MG dos 12 aos 14 anos, e, após ser dispensado, voltou a Congonhas para atuar pelo EREC, com os treinadores Raul e Baresi. Em seguida, passou o ano de 2016 no Santarritense, de onde mudou para o Social, de São João Del Rei.
O passo decisivo na carreira foi dado em 2018, quando por indicação do treinador das categorias de base do Bangu, de Murtinho, Antônio Calazans, Guilherme foi aprovado no Centro de Formação de Atletas LR Soccer, do professor Lindomar, em Xerem, na cidade de Duque de Caxias-RJ. “Graças ao professor Lindomar, de Xerém, consegui ir para a equipe profissional do Tigres e do Duque de Caxias, onde disputei o Campeonato Carioca da Divisão B1. Atuando por estas equipes, consegui entrar nas categorias de base do Fluminense-RJ”, recorda.
Copinha
O lateral mostrou que não está para brincadeira logo na estreia do Fluminense na Copa São Paulo de Futebol Jr.. Ele atua nas duas laterais e contribuiu com uma assistência de cada lado do campo para 2 dos 5 gols da equipe carioca na goleada por 5 a 0 sobre o Socorro-SE na estreia. No terceiro jogo, ele sofreu um estiramento na perna esquerda, do qual já está recuperado, e desfalcou seu time no inícios dos mata-matas, quando o clube carioca foi eliminado nos pênaltis pelo CRB-AL. “Venho trabalhando muito, sempre levando a sério minha profissão e Deus pôde me honrar com duas assistências para dois gols no primeiro jogo e depois com outras boas atuações”, diz Guilherme, recompensado.
“Venho sempre me destacando nos campeonatos de que participo, buscando sempre o melhor, para poder levar o nome de Congonhas em frente. Apoio é tudo nessa vida, e recebi muito da cidade pra chegar onde estou”, reconhece.
Guilherme aproveita as férias para matar a saudade dos amigos. Nenhum lugar foi melhor para isso do que o Poliesportivo Central nas noites de janeiro, onde foi disputada a Copa Verão. E o lateral do Fluminense também passou pelo Futsal. “Joguei a Copa Verão em 2018 pelo Sport, do Thiago Leão, e fomos eliminados pelo Shakthar na semifinal. Antes eu havia disputado o Metropolitano de Futsal pela Seleção de Congonhas, com o treinador Luiz Fernando. Venho pra matar saudade dos amigos e dessa modalidade também. Bate saudade de jogar em Congonhas e em Lafaiete sim. No campo, passei pelo Centro Luz, Astra, Galo, Fox e Bangu. Por isso, deixo um grande abraço para toda a população de Congonhas”, finaliza.
O avô Tonhão acompanha Guilherme desde os 7 anos nesta jornada rumo ao profissionalismo e diz se muito satisfeito com a chegada do neto ao Fluminense. “Este o é fruto de um trabalho que fazemos desde quando ele era criança. O início foi no Centroluz, com o treinador Waldemar, e, depois, mudou-se para Congonhas pra morar comigo e a avó, Graça, que, a exemplo da mãe dele, a Claurizete, são outras grande incentivadoras que ele teve e tem. Aos 7 anos de idade, O Guilherme entrou no Astra, passou também pelo Fox e em seguida, pelo Bangu. Nesse meio tempo, entrou nas categorias de base do América-MG. Aí tenho de agradecer muito à Secretaria de Esporte e Lazer da Prefeitura de Congonhas, nas pessoas do secretário José Lúcio e o prefeito Zelinho, que nos ajudou com transporte para Belo Horizonte naquela época. Importante dizer que ele também recebeu muito aprendizado do treinador Luiz Fernando na Seleção de Futsal de Congonhas”, lembra.
O apoio veio realmente de muita gente para que a família pudesse tentar viabilizar o sonho de contar com um jogador de futebol. “Minha sobrinha Viviane teve a ideia nessa época de fazemos um livro de ouro e um caderno para recolhermos contribuição, a fim de conseguirmos dar sequência a este sonho. Cada um contribuía com o que podia, inclusive vereadores, que, chegaram a tentar até criar uma Bolsa Atleta. Depois que o Guilherme foi encaminhado, cheguei perto de todos, agradeci e disse que, a partir de então, não precisavam mais nos ajudar. E cada um agora tem motivo para se orgulhar da contribuição que nos deram. Em Congonhas, há muito talento, mas as famílias precisam dessa colaboração, porque sozinhsa muitas não conseguem atingir o objetivo”, afirma.
Tonhão encerra dizendo que a primeira coisa que precisa haver, além do talento para o esporte, é o garoto querer ser jogador profissional: “Ele precisa se esforçar. Mas nós da família nos sentimos incentivados a entrar nessa luta para que, mesmo que ele não conseguisse chegar ao profissionalismo, que se tornasse um cidadão de bem, o que aconteceu”.
Fonte; Lafaiete Agora
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