As pescarias e a pandemia

P. de Souza
Repórter e pescador inveterado

O surto da Covid-19 iniciado na China colocou em alerta todas as nações do mundo. E os impactos na pesca esportiva, como em quase todas as atividades de lazer e turismo, são óbvios. Dificuldades de mobilidade, principalmente para os idosos, que ainda são a maioria dos pescadores, trazem no seu bojo uma acentuada diminuição das operações de pesca, afetando seriamente um segmento muito importante da economia mundial.

Para que esse quadro se reverta, as operadoras de turismo de pesca precisam torcer, e muito, para que a situação dessa pandemia seja controlada o mais rápido possível.

Além da grave crise do turismo pesqueiro, a atividade da pesca profissional também está sendo afetada significativamente, pois os pescadores não estão conseguindo vender a sua produção por causa do fechamento das feiras livres e também pela própria dificuldade de fazer o pescado chegar a distribuidores que possam estar com seu funcionamento autorizado.

E a falta de renda, não só na atividade pesqueira, mas em todas as outras comerciais também, impede as pessoas de adquirir produtos de higiene e limpeza, necessários para se prevenir a pandemia, como o sabão, álcool gel, agua sanitária, máscaras e outros.

Por aqui, a necessidade de ficar em casa e não se expor aos riscos de contágio, trazem consequências não só para os pescadores que ficam sem o seu esporte favorito, como também para as lojas que vendem produtos de pesca e pesque pagues da região, que, certamente, estão com suas atividades reduzidas em mais da metade do seu movimento normal.

Mas, precisamos fazer a nossa parte. Tudo que possa parecer exagerado neste momento ainda não é o ideal para se combater o vírus. Por isso, nunca é demais reforçar as necessidades de higiene e limpeza:

• Lavar frequentemente as mãos com água e sabão, ou, caso não haja possibilidade, desinfectá-las com álcool gel 70%.
• Quando tossir ou espirrar cobrir a boca e o nariz com o braço, não com as mãos. Manter distância de cerca de um metro e meio para conversar com as pessoas;
• Manter os ambientes ventilados;
• Evitar tocar com as mãos, os olhos, o nariz e a boca;
• Só saia de casa em caso de extrema necessidade e, mesmo assim, usando máscara protetora para nariz e boca;

Um dia isso vai passar e, se Deus quiser, voltaremos a pescar como vínhamos fazendo até há pouco.

Fonte; CORREIO DA CIDADE