O Vasco já começa a tomar medidas práticas quanto ao ajuste no orçamento em consequência dos estragos causados pela Covid-19.
Está no forno uma severa redução na folha, com corte de pessoal nas áreas de serviços gerais, manutenção, segurança, e portaria.
Além, é claro, das reformulações orçamentárias nos departamentos de futebol profissional e de base.
O estudo feito com a auditoria da KPMG visa rebaixar em 20% as despesas, uma vez que o clube não tem como negociar a redução salarial com os atletas.
Explico: o Vasco não pagou nenhum mês de salário dos jogadores em 2020 - a última folha quitada foi a de dezembro.
Sendo assim, travou no jurídico a discussão sobre a possibilidade de redução de 20% a 25% nos salários dos jogadores.
E faz sentido, porque os vencimentos de janeiro e fevereiro deveriam ter sido quitados antes do recesso, no dia 15 do mês passado.
Portanto, como descontar do elenco um percentual da remuneração a que têm direito por ser referente a um mês de trabalho anterior à pandemia?
O impasse exige boa engenharia financeira e respaldo jurídico.
No fluxo do caixa atual, os salários do mês de março só serão pagos em junho.
A menos que o novo vice-presidente de futebol, José Luís Moreira consiga credores que amenizem a falta de dinheiro.
E este, aliás, é um outro drama: a ausência de um cenário de retorno às competições no curto prazo inibe investidores e traz incertezas.
A injeção financeira corre o risco de não ocorrer da forma imediata como se desejava.
E por isso o presidente do clube era um dos mais empenhados em fazer com que os jogadores retornassem ao trabalho nesta terça-feira (21).
Por ora, a solução encontrada pela direção cruz-maltina é cortar na própria carne...
Fonte: Blog Futebol, Coisa & Tal - Extra Online
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