No dia 19 de março mantive um contato com Celso Silva, o preparador físico lafaietense que está na China, mais precisamente, em Tainjim, próximo da divisa com a Rússia. Ele explicou que, já naquela época, a situação estava controlada, praticamente sem registros de casos com transmissão doméstica; apenas os casos importados, de pessoas que vinham de fora do país, até que a fronteira foi fechada. “Farmácias e supermercados estão abertos. No dia 16 de março, algumas lojas começaram a abrir e as pessoas foram voltando a trabalhar”, enumerou Celso.
Já em 13 de abril, voltamos ao contato e Silva destacou que a situação já estava bem melhor. “A situação aqui está bem mais controlada. O número de casos é bem menor e eu te confesso que tenho evitado um pouco acompanhar este assunto, diferentemente do que fazia em fevereiro, principalmente. Estava bastante preocupado, mas agora procuro evitar. O que fiquei sabendo há três dias (10/4) é que tivemos em torno de 100 casos, ou pouco mais, mas todos importados da fronteira com a Rússia. O governo tem tomado as medidas necessárias.
Comércio funcionando em parte, a vida seguindo com muito controle, principalmente com os estrangeiros, como ele. “Ainda tem sido feito um controle muito grande. Para ir aos estabelecimentos, você precisa ler um código, tem que checar a temperatura, deixar o número do telefone. Não são todos os locais que estão funcionando, mas acreditoque uns 70/80%, com muita restrição, muito controle. A fronteira da China foi fechada; estrangeiros não entram mais, porque os últimos casos que têm acontecido aqui são de pessoas que vieram de fora”, pontuou.
A liberação deverá ser gradativa. “É basicamente isso: a vida vai voltando ao normal. Converso pouco com as pessoas daqui, mas acredito que, dentro de 45 dias ou menos, as coisas vão voltar ao normal. É uma coisa que demora; que exige paciência. Mesmo que cheguemos a uma sequência de dias sem casos, o governo não vai liberar tudo de uma vez; vai manter o controle por algum tempo”, adianta.
Os clubes estão em treinamento, mas sem previsão de retorno para as competições. “O futebol não tem previsão de volta. O governo proibiu qualquer entidade esportiva de marcar eventos. Então, oficialmente não tem nada; só rumores de que a competição poderia ser iniciada no fim de junho. Já marcaram para abril, depois maio e, agora, junho. Têm muitos estrangeiros, jogadores e membros de comissão técnica que não conseguiram entrar no país e, com essa proibição – fronteira fechada – a gente não sabe quando será liberada a entrada novamente. Sem eles aqui as competições não começarão. Eu acredito que se a fronteira não for liberada rápido, também não se inicia em junho, porque os atletas vão precisar de 30/40 dias para preparação. Os treinamentos estão sendo feitos, todas as equipes têm treinado, mas sem saber quando e se vai ter a competição.
(Amauri Machado)
Fonte: CORREIO DA CIDADE
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