Luiz Fernando de Andrade
Pescador e editor do Jornal CORREIO e CORREIO Online
Pescador e editor do Jornal CORREIO e CORREIO Online
Há exatos cinco anos - na madrugada fria do dia 6 de maio de 2015, falecia prematuramente, aos 39 anos e 11 meses de vida - meu irmão e parceiro de pescaria, Lauderlandson Luciano de Andrade, mais conhecido por sua legião de amigos e fãs, como o saudoso Bil. Muitas vezes descompromissado com o lado profissional e empresarial - razões de muitas brigas nossas - Bil viveu intensamente o outro lado da vida, aquele de não se preocupar muito com as coisas ruins que acontecem conosco, entre as quais, a falta de saúde, de grana e os conflitos do dia a dia.
Seu instinto era viver dia a dia, custasse o que custasse e doesse a quem doesse. Aos 56 anos, continuo sendo fichinha perto da intensidade que meu querido irmão dedicou à sua vida. Estou tentando, agora, seguir um pouco de seus conselhos. Embora falecido aos 39 anos, Bil viveu mais que muita gente. Seu velório refletiu isso. Aliás, este singelo texto que escrevo no Jornal CORREIO e CORREIO Online é para mostrar exatamente isso: Bil vive nas nossas lembranças, orações, nas feições dos amigos e na saudade dos fãs.
A escolha do espaço é também especial. Foram nas inúmeras pescarias que fizemos juntos com amigos e também com nosso saudoso pai, Ataíde Ferreira de Andrade, o Nozinho, que aproveitamos a vida de maneira espetacular. Disso, caros leitores, eu tenho muita, mas muita saudade mesmo. Me corrói a alma e mutila meu velho corpo saber que não posso mais pescar com eles. Isso vai ficar só nas minhas lembranças e de quem participou conosco dessas lindas, turbulentas e saudosas aventuras. Aliás, a pesca esportiva, o motocross e o Flamengo eram suas paixões. A essas preferências, ele dedicou grande parte de sua vida. Sinto hoje, prezados amigos, saudade de simplesmente brigar com ele, xingá-lo, cobrar empenho, mais dedicação e seriedade, o que fizemos muito enquanto ele esteve presente entre nós.
O texto de hoje é mais uma homenagem a ele, a seu jeito carinhoso de lidar com os problemas do dia a dia. À sua maneira, cumpriu com dignidade o seu papel neste mundo de Deus. Está hoje, tenho certeza, ao lado de minha mãe, Maria Irene de Andrade, dona Tuta, e de meu papai, Nozinho. Juntos, olham por nós e aguardam o momento certo, o tempo de Deus, para nos reencontrarmos novamente. Segura a vara, o samburá e as iscas, irmão! Um dia, vamos nos reencontrar e pescar juntos aí no céu. Fica com Deus, parceiro.
Fonte: CORREIO DA CIDADE
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