Após anunciar na festa dos 122 anos do Vasco parceria com a empresa WTorre para ampliação e modernização de São Januário, o presidente Alexandre Campello concedeu coletiva nesta quinta-feira para dar mais detalhes sobre o projeto. Vice-Presidente de Obras e de Engenharia, Pedro Seixas, e o CEO da WTorre, Luis Fernando Davantel, também participaram.
Perguntado sobre qual a segurança jurídica do acerto com a WTorre já que a presidência pode ser alterada após as eleições previstas para novembro, Campello afirmou não ver problemas caso deixe o cargo em janeiro próximo.
Com começo da construção prevista para o segundo semestre de 2021 e conclusão em 21 de agosto de 2023, ao custo de R$ 275 milhões, Campello promoveu, durante o evento da última sexta-feira, uma assinatura virtual do contrato com a empresa, que construiu e gere o atual estádio do Palmeiras.
- A parte do painel está prevista, sim. Ela aparece atrás da grande barreira do Vasco. Temos um espaço pensando para expor os painéis. São figuras históricas. Esses caras vão estar dentro do estádio e na arquibancada torcendo sim.
Sobre as homenagens aos ídolos que já existem em São Januário, Alexandre Campello confirmou que estas serão preservadas no "novo São Januário". Destacou, porém, que a estátua de Romário deixará o gramado.
- A gente sempre tem uma tendência a valorizar a nossa história, não só a mais remota. A ideia é permanecer privilegiando nossos ídolos. Nesse aspecto o Vasco é privilegiado. Tem um número de ídolo muito grande. Vamos ter um espaço dedicado nas áreas internas. Quanto à estátua, ela não poderia ficar naquela posição porque ali vai avançar uma arquibancada.
- Por outro lado, estamos construindo duas torres, e uma delas vai abrigar um grande museu. Museu neste onde pretendemos contar a história mais bonita do futebol mundial. Um espaço privilegiado para a estátua do Romário e possivelmente para outros ídolos que fazem parte da história do clube.
Confira outros tópicos:
CEO da WTorre, Davantel elogia projeto do Vasco e dimensiona repercussão: "Foi mais do que contratar o Messi para a WTorre"
- Trabalhei no Allianz Parque (Arena Palmeiras desde o começo e confesso que nestes mais de 10 anos que eu orbito nesse universo de unidades, nunca tinha visto um projeto (do Vasco) tão bem feito pelo clube e sem um parceiro. As conversas se tornaram reuniões longas. A nossa equipe está bem alinhada, tem muita coisa para conversar sobre o projeto. Vai vir muita coisa boa pela frente, e a gente só pode estar orgulhoso de fazer parte disso. Estamos 100% em fazer um projeto fantástico. O Vasco o Rio de Janeiro e o Brasil merecem uma arena como vai ser feita. Vamos fazer tudo para realizar algo do nível do Vasco.
- Recebemos currículos de vários engenheiros vascaínos querendo participar desse projeto. Foi muito significante, impressionante. Quando nos colocamos num projeto como esse, tudo parece menor. O futebol é uma paixão incomparável no país. A gente sabe a responsabilidade que isso traz. Foi mais do que contratar o Messi para a WTorre. Na nossa live de sexta-feira, meu celular não parou de tocar. Um monte de pessoas parabenizando. Finalmente a gente vai poder ver um estádio com uma modernidade muito grande no Rio.
Vice de obras e engenharia, Pedro Seixas fala da participação de vascaínos no projeto
- A gente escuta muito a torcida, é superimportante receber apoio, críticas e sugestões. A torcida não vai ficar fora. Só o fato de trazer vascaínos para a equipe faz toda a diferença. A WTorre percebeu o quanto o projeto faz sentido.
Seixas fala da democratização do estádio e das "barreiras" atrás do gol
- São pontos superimportantes. A gente tem oportunidade de extrair lições dos estádios que foram recém-reformados aqui no Brasil. A gente tem muito o que aprender como operador de estádio e traz isso para o contrato que fizemos com a WTorre. Sabemos a importância de respeitar todas as categorias.
- Tem outro xodó do nosso projeto que cerca de 3/4 do nosso público estamos destinando ao setor popular. Na Alemanha, tem a muralha amarela do Dortmund. Aqui não tem muralha, é barreira (risos). Já tem a barreira norte e a barreira sul para botar pressão na defesa adversário e dar aquele empurrão no nosso time.
Mais sobre o setor popular, que será chamado de "barreiras do Vasco"
- O nome técnico é "arquibancada em pé". A intenção é fazer o caldeirão mais. A gente tem a barreira norte e a barreira sul. Como tem a muralha do Borussia lá na Alemanha, aqui é a Barreira do Vasco dentro do nosso São Januário. Isso também é estratégico para aumentar os 40 mil de capacidade de público.
Seixas fala sobre torcida visitante
- Reservamos um canto específico para isso. A gente já pensa no projeto para evitar a perda de espaço. Hoje em São Januário a gente perde uma capacidade de dois mil torcedores porque tem que dar um afastamento. No projeto do novo estádio, a gente já pensa em acessos exclusivos para a torcida visitante.
Campello fala da origem do projeto
- Na verdade, ele não começou naquela apresentação. Esse projeto teve início lá em 2018, bem no início da nossa gestão a partir de uma conversa minha com o Pedro Seixas. Falei com Pedro que precisávamos de um projeto que modernizasse o nosso equipamento, a partir dessa minha sugestão e desejo, começamos a avançar nesse projeto. Aí engajamos um grande vascaíno, que é o Sergio Dias, que, junto com a sua equipe, começou a desenhar esse sonho.
- Tivemos a colaboração de jovens arquitetos que já tinham trabalhado lá atrás em outros projetos. Tivemos conversas com a WTorre até que no início de 2020 fomos apresentar um projeto.
- Não era só um projeto de arquitetura, mas bem elaborado. Um projeto financeiro e já com propostas. E contando com a expertise da WTorre, que é a empresa com maior experiência com estádios no Brasil. Muito felizes pela assinatura do memorando e na expectativa de assinar o contrato logo.
Sem puxadinhos, diz Campello
- Uma das nossas preocupações é que a gente não ficasse fazendo puxadinhos. A gente tem que ter um projeto bem elaborado e daquilo que a gente deseja para São Januário. Buscamos algo que fosse definitivo e com qualidade, isso foi o que norteou o nosso pensamento.
Campello fala da democratização do estádio
- Essa foi sempre uma preocupação nossa, minha do Pedro e de toda a gestão. A gente sabe da nossa história e não poderia criar um equipamento que privilegiasse somente os com alto poder aquisitivo. É um projeto em que todas as áreas sociais teriam acesso. Criamos espaços mais populares e os mais confortáveis.
Davantel concorda com Campello, que disse que a capacidade entre 40 a 45 mil torcedores é a ideal
- O tamanho ideal é esse mesmo, Campello. A gente tem que ter a nossa casa do tamanho correto. Poderíamos ter um estádio do tamanho que fosse, que haveria casa cheia. Mas a ocupação média de um estádio não pode cair para abaixo de 70% ao longo do ano. E o calendário do futebol brasileiro é muito forte. Mal começam os estaduais em janeiro, e aí os jogos passam a ser disputados quarta e domingo. O ideal é esse para você ter uma manutenção adequada. O projeto está longe de ser um puxadinho. A modernização é impressionante. Vamos fazer um projeto único e de uma única vez.
Campello fala das características do novo estádio
- Um estádio que será bastante confortável, muito bonito e muito moderno. Ele continuará dando muito orgulho ao torcedor vascaíno. A gente precisa que, com o estádio modernizado, São Januário continue como um Caldeirão. Que o adversário saiba que a vida vai ser dura.
Pergunta para Campello: qual a segurança jurídica que esse projeto tem caso o senhor não esteja na presidência?
- É um projeto, como já expliquei, vem sendo trabalhado há muito tempo. Vem sendo trabalhado com muito cuidado e estratégia. É uma conquista não minha, é da minha gestão, mas é uma vitória do Vasco. Espero que a alternância, se houver uma alternância de presidente, não comprometa o curso das obras. A gente entende que há outros contratos que passam de uma gestão para a outra.
- Existem nesses contratos algumas cláusulas com obrigações de parte a parte. O descumprimento dessas cláusulas poderá acarretar sanções. Não vejo nenhum problema numa possível alternância.
Pedro Seixas fala sobre a regularização das matrículas de terrenos no entorno de São Januário
O Vasco foi adquirindo ao longo do tempo esses imóveis. Estamos falando de imóveis internos que fazem parte da quadra de São Januário. A regularização das matrículas a gente já começa agora porque é um aspecto fundamental para trazer segurança para o investidor.
Precificação no Palmeiras é alvo de reclamação e a agenda dos jogos em detrimento de outros eventos a serem realizados em São Januário. Davantel aborda essa questão
- A questão da bilheteria no futebol sempre será uma decisão do clube, como sempre foi aqui em São Paulo com o Palmeiras. O conceito da WTorre é a do ativo imobiliário. O promotor do evento, que é o Vasco, tem 100% de poder definição.
- Já no memorando está previsto isso e vai para o contrato definitivo. Existe uma quantidade mínima de jogos a ser definida. Mas é uma quantidade muito grande. Normalmente os clubes brasileiros têm a tendência de mandar de 35 a 40 jogos por ano. Confesso que posso estar errado em relação ao Vasco por não ter muito familiaridade com o Campeonato Carioca. A tendência é sempre buscar uma tendência superior a 90%.
Pedro Seixas fala sobre o acesso ao estádio
- A gente já começou as conversas com alguns agentes estratégicos e fundamentais nessa questão do entorno, seja com associação comercial aqui em São Januário, seja com prefeitura, governo ou metrô. A localização de São Januário é absolutamente privilegiada sob o ponto de vista do acesso. Estamos a 300 metros da Avenida Brasil.
- Temos a estação de São Cristóvão que fica a cinco minutos do estádio com um traslado via micro-ônibus. O que a gente precisa fazer no entorno é um choque de ordem. É qualificar o entorno com iluminação, sinalização. A gente começa de dentro para fora. Não podemos esperar o poder público. Começamos a transformação de dentro para fora, trazemos o torcedor para o estádio, a explanada está para isso.
- Vamos ter um aumento de vagas, mas a gente não resolve com mais vagas no estádio, isso é para trazer mais conforto. Essas 1300 vagas não vão resolver o acesso a um estádio com capacidade de 40 a 45 mil pessoas. O transporte público que resolve.
Naming rights só em setores inicialmente, diz Campello
- Existe uma certa resistência interna. É bom lembrar que essas mudanças dentro do Vasco precisam ser aprovadas dentro do conselho. Elas foram aprovadas no Conselho de Beneméritos, e isso já foi discutido. Podemos vender o espaço dos setores.
- Quando há um investimento, é importante entender que todo investimento requer retorno. O naming rights é uma grande possibilidade de arrecadação. Obviamente se não tiver os naming rights, alguma outra receita terá que ser cedida para esse rol da receita que irá remunerar esses investidores.
Preservação da memória do estádio e o que vai ser feito além do museu, afirma Campello
- O museu é um espaço de preservação da nossa memória, é a representação física da nossa história. Não conheço nenhum outro clube de futebol com a história tão rica quanto a do Vasco. Nosso projeto é fazer jus a essa história.
- Tenho certeza que vamos fazer algo icônico, algo para marcar no nosso país. Ideia é que tenhamos uma interatividade muito grande e que a próxima geração de vascaínos possa visitar as nossas raízes. Em relação à preservação de outros espaços, fizemos a questão de preservas a Igreja de Nossa Senhora das Vitórias, a nossa Tribuna de Honra, de onde Getúlio Vargas fez vários discursos, a fachada de São Januário.
- Houve sempre a ideia de resguardar a nossa história. É um projeto que dá modernidade, mas que preserva o que é mais caro para o vascaíno, que é a história.
Pedro Seixas fala das torres do Centro de Memória e do Museu do Vasco
- Um dos andares da torre norte é dedicado ao museu. São cerca de 800 metros quadrados. Um outro andar para o Centro de Memória. Essa foi uma das demandas que o vice de relações especializadas, o João Ernesto, me trouxe. Precisamos de espaço digno para o museu e para a sala de troféus.
- O nosso centro de memória é referência em todo o mundo. O nosso acervo é riquíssimo. É uma referência de fato. A gente destina um andar só para o Centro de Memória. E também um andar exclusivo para o museu. A operação do museu fica toda a cargo do Vasco, a receita fica com o clube, até porque é a história do clube.
Fonte: ge
Perguntado sobre qual a segurança jurídica do acerto com a WTorre já que a presidência pode ser alterada após as eleições previstas para novembro, Campello afirmou não ver problemas caso deixe o cargo em janeiro próximo.
Com começo da construção prevista para o segundo semestre de 2021 e conclusão em 21 de agosto de 2023, ao custo de R$ 275 milhões, Campello promoveu, durante o evento da última sexta-feira, uma assinatura virtual do contrato com a empresa, que construiu e gere o atual estádio do Palmeiras.
- A parte do painel está prevista, sim. Ela aparece atrás da grande barreira do Vasco. Temos um espaço pensando para expor os painéis. São figuras históricas. Esses caras vão estar dentro do estádio e na arquibancada torcendo sim.
Sobre as homenagens aos ídolos que já existem em São Januário, Alexandre Campello confirmou que estas serão preservadas no "novo São Januário". Destacou, porém, que a estátua de Romário deixará o gramado.
- A gente sempre tem uma tendência a valorizar a nossa história, não só a mais remota. A ideia é permanecer privilegiando nossos ídolos. Nesse aspecto o Vasco é privilegiado. Tem um número de ídolo muito grande. Vamos ter um espaço dedicado nas áreas internas. Quanto à estátua, ela não poderia ficar naquela posição porque ali vai avançar uma arquibancada.
- Por outro lado, estamos construindo duas torres, e uma delas vai abrigar um grande museu. Museu neste onde pretendemos contar a história mais bonita do futebol mundial. Um espaço privilegiado para a estátua do Romário e possivelmente para outros ídolos que fazem parte da história do clube.
Confira outros tópicos:
CEO da WTorre, Davantel elogia projeto do Vasco e dimensiona repercussão: "Foi mais do que contratar o Messi para a WTorre"
- Trabalhei no Allianz Parque (Arena Palmeiras desde o começo e confesso que nestes mais de 10 anos que eu orbito nesse universo de unidades, nunca tinha visto um projeto (do Vasco) tão bem feito pelo clube e sem um parceiro. As conversas se tornaram reuniões longas. A nossa equipe está bem alinhada, tem muita coisa para conversar sobre o projeto. Vai vir muita coisa boa pela frente, e a gente só pode estar orgulhoso de fazer parte disso. Estamos 100% em fazer um projeto fantástico. O Vasco o Rio de Janeiro e o Brasil merecem uma arena como vai ser feita. Vamos fazer tudo para realizar algo do nível do Vasco.
- Recebemos currículos de vários engenheiros vascaínos querendo participar desse projeto. Foi muito significante, impressionante. Quando nos colocamos num projeto como esse, tudo parece menor. O futebol é uma paixão incomparável no país. A gente sabe a responsabilidade que isso traz. Foi mais do que contratar o Messi para a WTorre. Na nossa live de sexta-feira, meu celular não parou de tocar. Um monte de pessoas parabenizando. Finalmente a gente vai poder ver um estádio com uma modernidade muito grande no Rio.
Vice de obras e engenharia, Pedro Seixas fala da participação de vascaínos no projeto
- A gente escuta muito a torcida, é superimportante receber apoio, críticas e sugestões. A torcida não vai ficar fora. Só o fato de trazer vascaínos para a equipe faz toda a diferença. A WTorre percebeu o quanto o projeto faz sentido.
Seixas fala da democratização do estádio e das "barreiras" atrás do gol
- São pontos superimportantes. A gente tem oportunidade de extrair lições dos estádios que foram recém-reformados aqui no Brasil. A gente tem muito o que aprender como operador de estádio e traz isso para o contrato que fizemos com a WTorre. Sabemos a importância de respeitar todas as categorias.
- Tem outro xodó do nosso projeto que cerca de 3/4 do nosso público estamos destinando ao setor popular. Na Alemanha, tem a muralha amarela do Dortmund. Aqui não tem muralha, é barreira (risos). Já tem a barreira norte e a barreira sul para botar pressão na defesa adversário e dar aquele empurrão no nosso time.
Mais sobre o setor popular, que será chamado de "barreiras do Vasco"
- O nome técnico é "arquibancada em pé". A intenção é fazer o caldeirão mais. A gente tem a barreira norte e a barreira sul. Como tem a muralha do Borussia lá na Alemanha, aqui é a Barreira do Vasco dentro do nosso São Januário. Isso também é estratégico para aumentar os 40 mil de capacidade de público.
Seixas fala sobre torcida visitante
- Reservamos um canto específico para isso. A gente já pensa no projeto para evitar a perda de espaço. Hoje em São Januário a gente perde uma capacidade de dois mil torcedores porque tem que dar um afastamento. No projeto do novo estádio, a gente já pensa em acessos exclusivos para a torcida visitante.
Campello fala da origem do projeto
- Na verdade, ele não começou naquela apresentação. Esse projeto teve início lá em 2018, bem no início da nossa gestão a partir de uma conversa minha com o Pedro Seixas. Falei com Pedro que precisávamos de um projeto que modernizasse o nosso equipamento, a partir dessa minha sugestão e desejo, começamos a avançar nesse projeto. Aí engajamos um grande vascaíno, que é o Sergio Dias, que, junto com a sua equipe, começou a desenhar esse sonho.
- Tivemos a colaboração de jovens arquitetos que já tinham trabalhado lá atrás em outros projetos. Tivemos conversas com a WTorre até que no início de 2020 fomos apresentar um projeto.
- Não era só um projeto de arquitetura, mas bem elaborado. Um projeto financeiro e já com propostas. E contando com a expertise da WTorre, que é a empresa com maior experiência com estádios no Brasil. Muito felizes pela assinatura do memorando e na expectativa de assinar o contrato logo.
Sem puxadinhos, diz Campello
- Uma das nossas preocupações é que a gente não ficasse fazendo puxadinhos. A gente tem que ter um projeto bem elaborado e daquilo que a gente deseja para São Januário. Buscamos algo que fosse definitivo e com qualidade, isso foi o que norteou o nosso pensamento.
Campello fala da democratização do estádio
- Essa foi sempre uma preocupação nossa, minha do Pedro e de toda a gestão. A gente sabe da nossa história e não poderia criar um equipamento que privilegiasse somente os com alto poder aquisitivo. É um projeto em que todas as áreas sociais teriam acesso. Criamos espaços mais populares e os mais confortáveis.
Davantel concorda com Campello, que disse que a capacidade entre 40 a 45 mil torcedores é a ideal
- O tamanho ideal é esse mesmo, Campello. A gente tem que ter a nossa casa do tamanho correto. Poderíamos ter um estádio do tamanho que fosse, que haveria casa cheia. Mas a ocupação média de um estádio não pode cair para abaixo de 70% ao longo do ano. E o calendário do futebol brasileiro é muito forte. Mal começam os estaduais em janeiro, e aí os jogos passam a ser disputados quarta e domingo. O ideal é esse para você ter uma manutenção adequada. O projeto está longe de ser um puxadinho. A modernização é impressionante. Vamos fazer um projeto único e de uma única vez.
Campello fala das características do novo estádio
- Um estádio que será bastante confortável, muito bonito e muito moderno. Ele continuará dando muito orgulho ao torcedor vascaíno. A gente precisa que, com o estádio modernizado, São Januário continue como um Caldeirão. Que o adversário saiba que a vida vai ser dura.
Pergunta para Campello: qual a segurança jurídica que esse projeto tem caso o senhor não esteja na presidência?
- É um projeto, como já expliquei, vem sendo trabalhado há muito tempo. Vem sendo trabalhado com muito cuidado e estratégia. É uma conquista não minha, é da minha gestão, mas é uma vitória do Vasco. Espero que a alternância, se houver uma alternância de presidente, não comprometa o curso das obras. A gente entende que há outros contratos que passam de uma gestão para a outra.
- Existem nesses contratos algumas cláusulas com obrigações de parte a parte. O descumprimento dessas cláusulas poderá acarretar sanções. Não vejo nenhum problema numa possível alternância.
Pedro Seixas fala sobre a regularização das matrículas de terrenos no entorno de São Januário
O Vasco foi adquirindo ao longo do tempo esses imóveis. Estamos falando de imóveis internos que fazem parte da quadra de São Januário. A regularização das matrículas a gente já começa agora porque é um aspecto fundamental para trazer segurança para o investidor.
Precificação no Palmeiras é alvo de reclamação e a agenda dos jogos em detrimento de outros eventos a serem realizados em São Januário. Davantel aborda essa questão
- A questão da bilheteria no futebol sempre será uma decisão do clube, como sempre foi aqui em São Paulo com o Palmeiras. O conceito da WTorre é a do ativo imobiliário. O promotor do evento, que é o Vasco, tem 100% de poder definição.
- Já no memorando está previsto isso e vai para o contrato definitivo. Existe uma quantidade mínima de jogos a ser definida. Mas é uma quantidade muito grande. Normalmente os clubes brasileiros têm a tendência de mandar de 35 a 40 jogos por ano. Confesso que posso estar errado em relação ao Vasco por não ter muito familiaridade com o Campeonato Carioca. A tendência é sempre buscar uma tendência superior a 90%.
Pedro Seixas fala sobre o acesso ao estádio
- A gente já começou as conversas com alguns agentes estratégicos e fundamentais nessa questão do entorno, seja com associação comercial aqui em São Januário, seja com prefeitura, governo ou metrô. A localização de São Januário é absolutamente privilegiada sob o ponto de vista do acesso. Estamos a 300 metros da Avenida Brasil.
- Temos a estação de São Cristóvão que fica a cinco minutos do estádio com um traslado via micro-ônibus. O que a gente precisa fazer no entorno é um choque de ordem. É qualificar o entorno com iluminação, sinalização. A gente começa de dentro para fora. Não podemos esperar o poder público. Começamos a transformação de dentro para fora, trazemos o torcedor para o estádio, a explanada está para isso.
- Vamos ter um aumento de vagas, mas a gente não resolve com mais vagas no estádio, isso é para trazer mais conforto. Essas 1300 vagas não vão resolver o acesso a um estádio com capacidade de 40 a 45 mil pessoas. O transporte público que resolve.
Naming rights só em setores inicialmente, diz Campello
- Existe uma certa resistência interna. É bom lembrar que essas mudanças dentro do Vasco precisam ser aprovadas dentro do conselho. Elas foram aprovadas no Conselho de Beneméritos, e isso já foi discutido. Podemos vender o espaço dos setores.
- Quando há um investimento, é importante entender que todo investimento requer retorno. O naming rights é uma grande possibilidade de arrecadação. Obviamente se não tiver os naming rights, alguma outra receita terá que ser cedida para esse rol da receita que irá remunerar esses investidores.
Preservação da memória do estádio e o que vai ser feito além do museu, afirma Campello
- O museu é um espaço de preservação da nossa memória, é a representação física da nossa história. Não conheço nenhum outro clube de futebol com a história tão rica quanto a do Vasco. Nosso projeto é fazer jus a essa história.
- Tenho certeza que vamos fazer algo icônico, algo para marcar no nosso país. Ideia é que tenhamos uma interatividade muito grande e que a próxima geração de vascaínos possa visitar as nossas raízes. Em relação à preservação de outros espaços, fizemos a questão de preservas a Igreja de Nossa Senhora das Vitórias, a nossa Tribuna de Honra, de onde Getúlio Vargas fez vários discursos, a fachada de São Januário.
- Houve sempre a ideia de resguardar a nossa história. É um projeto que dá modernidade, mas que preserva o que é mais caro para o vascaíno, que é a história.
Pedro Seixas fala das torres do Centro de Memória e do Museu do Vasco
- Um dos andares da torre norte é dedicado ao museu. São cerca de 800 metros quadrados. Um outro andar para o Centro de Memória. Essa foi uma das demandas que o vice de relações especializadas, o João Ernesto, me trouxe. Precisamos de espaço digno para o museu e para a sala de troféus.
- O nosso centro de memória é referência em todo o mundo. O nosso acervo é riquíssimo. É uma referência de fato. A gente destina um andar só para o Centro de Memória. E também um andar exclusivo para o museu. A operação do museu fica toda a cargo do Vasco, a receita fica com o clube, até porque é a história do clube.
Fonte: ge
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