quinta-feira, 25 de julho de 2024

Paris 2024: as expectativas para o maior espetáculo esportivo do planeta

 Uninter

Fernanda Letícia de Souza (*)

Três, dois, um... está aberta a contagem regressiva para Paris 2024! A cidade que sedia os Jogos Olímpicos, pela terceira vez, promete “entregar” a atletas e espectadores um evento totalmente inovador em tecnologia, sustentabilidade, esportes e experiência. Tudo planejado e pensado para surpreender em cada detalhe o maior show esportivo do planeta.

A inovação já estará presente na ousada e original cerimônia de abertura. Pela primeira vez na história das Olimpíadas, a abertura não acontecerá em um ginásio, mas sim no coração da cidade de Paris, ao longo de sua principal artéria: o rio Sena. O desfile dos atletas será realizado no Sena com barcos para cada delegação nacional. Cada barco será equipado com câmeras para permitir ao espectador ver os atletas de pertinho. De leste a oeste, os mais de 10 mil atletas cruzarão o centro de Paris, terminando o percurso em frente ao Trocadéro, onde acontecerão os demais elementos do protocolo olímpico e os últimos shows.  

Em termos de tecnologia, a inteligência artificial entrará em quadra, em campo e nas piscinas para abrilhantar o show. Na segurança, por meio de câmeras de vigilância alimentadas por IA, serão monitorados os locais que reunirão multidões para acompanhar as disputas, o que permitirá identificar potenciais riscos para os participantes, como bolsas ou pacotes abandonados, entre outras coisas. Na transmissão, a IA promete um aprimoramento na experiência do telespectador, com geração de replays em 360º e muitas melhorias na operação. Nas disputas, a inteligência artificial entregará detalhes sobre os atletas mais promissores, turbinando os programas de análise de desempenho.

No quesito sustentabilidade, a cidade está implementando uma rede de transporte público melhorada que incluirá novas linhas de metrô e ônibus de emissão zero, garantindo que os deslocamentos dos torcedores ocorram de maneira eficiente e ecológica. A Vila Olímpica foi inteiramente projetada para ser um modelo de eficiência energética e sustentável. A vila mais ecológica de todos os tempos terá 82 prédios, 3 mil apartamentos e 7.200 quartos de pura sustentabilidade. Um exemplo disso é que, apesar das altas temperaturas que podem fazer no período (média de 40 graus), não serão instalados ares-condicionados nos quartos. As soluções alternativas foram fachadas que não recebem muito sol na estação e um sistema de águas subterrâneas naturalmente frias para ajudar a diminuir o calor.

Na esfera do esporte, a inovação fica por conta da inclusão de duas novidades: o breaking e o caiaque extremo – modalidade da canoagem slalom. No breaking as disputas prometem muita dinâmica, sempre no famoso 1X1 (um contra um). Os dois breakdancers compartilham palco, música e assistem de perto o movimento do adversário, tudo observado atentamente pelos jurados em três rounds. Já no caiaque extremo, também conhecido como caiaque cross, são até quatro atletas saindo simultaneamente de uma rampa. Os competidores precisam obrigatoriamente cruzar as “portas”, que são das cores verde e vermelha. Na parte de maior profundidade da prova, os atletas precisam fazer um giro de 360 graus.

E como a delegação brasileira chega nestes Jogos Olímpicos que prometem ser um marco na história esportiva mundial? Para um país que ainda carece de políticas públicas de incentivo ao esporte, investimento em infraestrutura para os treinamentos e valorização da profissão de atleta, o Brasil chega com a habitual alegria e entusiasmo que são características do seu povo. Fazer parte deste espetáculo do esporte já é uma grande vitória para cada um que obteve a tão sonhada classificação, mas nem por isso os atletas brasileiros deixarão de brigar por medalhas. As maiores expectativas de ouro estão em Beatriz Ferreira, no boxe, Rayssa Leal, no skate, Gabriel Medina, no surfe, Alison dos Santos, no atletismo, e Ana Patrícia e Duda, no vôlei de praia. E as projeções ainda apontam para outros 17 pódios, o que pode levar o país a bater o recorde de medalhas olímpicas com 22 no total, uma a mais que as 21 de Tóquio.

Daqui, ficaremos admirando este verdadeiro show esportivo, prontos para aplaudir de pé e cantar em alto e bom tom o hino nacional todas as vezes que um de nossos heróis subir ao pódio. E que venham muitos aplausos e sorrisos!

(*) Fernanda Letícia de Souza é Especialista em Fisiologia do Exercício e Prescrição do Exercício Físico e professora da Área de Linguagens Cultural e Corporal do Centro Universitário Internacional UNINTER 

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