Primeiro evento de jogos eletrônicos está previsto para 2025; entenda o que muda para o mercado de jogos eletrônicos no Brasil
O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou, na última semana, a inédita Olimpíada de eSports, a ser realizada na Arábia Saudita. A primeira edição está programada para ser realizada em 2025, marcando uma nova era para os esportes eletrônicos e consolidando seu lugar no cenário esportivo global.
Sócio do escritório Barcellos Tucunduva Advogados (BTLAW) e especialista em Mercado de Games e eSports, Marcelo Mattoso destacou a importância desse reconhecimento. "Era um tema que já vinha sendo debatido há alguns anos. A questão não era 'se' aconteceria, mas 'quando' aconteceria. Vejo com bons olhos esse reconhecimento, mas não limito o mercado a isso. A comunidade fez dos eSports o que ele é hoje e sempre fará. Esse reconhecimento é apenas um reflexo disso", afirmou Mattoso.
A Arábia Saudita, que tem investido significativamente no desenvolvimento do mercado esportes eletrônicos, foi escolhida como sede para a primeira edição dos Jogos Olímpicos de eSports. Este mercado é notável por sua integração de gêneros, destacando o potencial transformador dos eSports em termos sociais e políticos. A inclusão de homens e mulheres em competições igualitárias pode ajudar a desmistificar questões de gênero em um país tradicionalmente rígido em relação às leis para mulheres.
"O mercado saudita vem crescendo ao longo dos anos devido aos grandes investimentos feitos pelo governo. Essa integração que os eSports propiciam é só uma pequena e singela parte na desmistificação da questão de gênero que o país vem tentando fazer, mas ainda assim é pouco", explicou Mattoso.
A realização do evento na Arábia Saudita pode representar uma oportunidade significativa para o país se abrir mais ao Ocidente nas negociações deste mercado. "Quando falamos de geopolítica, o regime político saudita é um dos mais fechados do mundo. Isso acaba por afetar relações internacionais, obviamente. É sempre bom ver movimentos de evolução social e política, e os eSports podem servir como ferramenta para isso", acrescentou Mattoso.
No Brasil, o mercado de eSports também tem crescido, apesar dos desafios. Dados da PwC Brasil revelam que o setor de jogos eletrônicos tenha uma receita próxima dos US$ 3 bilhões até 2026. O advogado acredita que o país tem potencial para se destacar internacionalmente até 2025. "O mercado vem sofrendo ao longo dos últimos anos. Ao que tudo indica, ainda se busca uma sinergia sustentável para o modelo de negócio dos eSports que consiga abarcar as equipes, atletas e desenvolvedoras. Por outro lado, temos uma comunidade muito forte e que, por muitos anos, segurou esse cenário", observou Mattoso.
Com a expectativa de reunir os melhores jogadores do mundo – tais como “N0tail” (Dinamarca), Lee Sang-hyeok (Coreia do Sul), FalleN (Brasil), entre outros - os primeiros Jogos Olímpicos de eSports prometem ser um marco no desenvolvimento dos esportes eletrônicos, promovendo ainda mais sua popularidade e aceitação global. “O evento não só celebrará a habilidade e a dedicação dos jogadores, mas também servirá como uma plataforma para a evolução e o reconhecimento dos eSports como uma forma legítima e influente de competição esportiva”, conclui o advogado.
Fonte:
Marcelo Mattoso - sócio do Barcellos Tucunduva Advogados (BTLAW) e especialista no Mercado de Games e eSports. Mestrado Avançado (LL.M.) em Direito – Inovação e Tecnologia – na Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV/RJ).
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