segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Projeto visa capacitar profissionais para a indústria da tecnologia no País

Desde o surgimento das novas tecnologias, elas se tornaram uma parte essencial do nosso cotidiano. A crescente demanda por profissionais qualificados para atender às necessidades atuais e futuras motiva o parlamento a considerar a capacitação de jovens, preparando-os para atuar na área de tecnologia.

Dentre as profissões do futuro, a de programador se destaca como um pilar essencial: eles são os responsáveis pelo desenvolvimento de sistemas, programas de computador e aplicativos, organizando códigos e linguagens de programação dentro da área de tecnologia da informação. A profissão abrange diversas especializações, como cientistas da computação, desenvolvedores, codificadores e engenheiros de software, todos dedicados à criação de softwares que facilitam o nosso dia a dia e aprimoram processos da nossa vida pessoal e profissional.
A profissão de programador também é fundamental para uma indústria em rápido crescimento: o Fantasy Sport, um serviço de tecnologia de esporte eletrônico onde os jogadores montam seus times com base em seus conhecimentos estratégicos do esporte. Sem esses profissionais, as competições virtuais, sejam entre jogadores ou contra o próprio software, não seriam possíveis.
É importante destacar que o setor de Fantasy Sport no Brasil é composto majoritariamente por startups, se mostrando como um mercado de elevado potencial de absorção dos profissionais de tecnologia. Isso reforça ainda mais a necessidade de incentivar a formação de jovens no mercado de TI.
Pesquisa do Google for Startups realizada no último ano aponta os desafios que o mercado de tecnologia deve enfrentar no Brasil, e um deles é o déficit de quase 530 mil profissionais para trabalhar na área. Por isso, é tão importante o incentivo a ações que possam, não somente qualificar os programadores, mas também reter esses talentos no país.
Nesse sentido, o vice-presidente da área de Games e eSports da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (ASSESPRO-Rio), Carlos Gama, indica a necessidade de capacitar jovens para atuar no segmento. “No que tange à formação profissional, é imperativo que sejam implementados programas e parcerias que promovam a capacitação de profissionais especializados nesse segmento, gerando empregos e impulsionando o crescimento da indústria local”, afirma Gama.
Como representante de uma das modalidade de esporte eletrônico, o presidente da Associação Brasileira de Fantasy Sport (ABFS), Rafael Marcondes, destaca a importância de iniciativas que impulsionem o mercado de trabalho em tecnologia da informação: “O Brasil possui um enorme potencial e é essencial promover ações que ampliem as oportunidades de emprego e capacitação, contribuindo para que o país se consolide entre os líderes internacionais no setor de tecnologia e desenvolvimento”.
Projeto de Lei 
Tramita na Câmara dos Deputados uma proposição legislativa que visa criar o Programa Juventude Digital, uma política pública nacional com vistas a capacitar jovens e potencializar oportunidades de emprego. O Projeto de Lei nº 2357/2024 foi apresentado pelo Deputado Marcos Tavares (PDT/RJ) e aguarda análise da Comissão de Ciência e Tecnologia da Informação (CCTI).
O objetivo é capacitar os jovens nas competências tecnológicas demandadas pelo mercado de Tecnologia da Informação e Comunicação. Dentre as diretrizes do Programa, é possível destacar o oferecimento de cursos e treinamentos em áreas como programação e análise de dados, além do fomento à criação de startups e projetos de inovação tecnológica.
Os representantes do setor de esportes eletrônicos enfatizam o grande potencial da proposta para a capacitação dos jovens e a preparação para um mercado de trabalho cada dia mais disruptivo e inovador, principalmente para o desenvolvimento das modalidades de eSports no Brasil. 
A iniciativa também prioriza a qualificação de jovens em situação de vulnerabilidade social, com atenção especial às regiões com menor acesso a oportunidades de formação tecnológica. “Essas ações são fundamentais para reduzir desigualdades e promover a inclusão digital. A ABFS apoia todas as iniciativas que incentivem e promovam um desenvolvimento justo e inclusivo no setor de tecnologia”, afirma Marcondes.

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