terça-feira, 15 de outubro de 2024

Modalidades esportivas adaptadas de alto rendimento potencializam a autoconfiança de pessoas com deficiências

Natalie Schonwald afirma que o surfe e o adestramento paraequestre, assim como outros esportes, são importantes ferramentas de transformação na vida desses atletas

Realizados a cada quatro anos sempre depois dos Jogos Olímpicos, os Jogos Paralímpicos é o maior evento esportivo do mundo com o intuito de promover a acessibilidade social. De 28 de agosto a 8 de setembro, será a vez dos paratletas de diversas modalidades mostrarem tamanha equidade nas competições de Paris 2024.

Uma das atividades disputadas neste ano é o adestramento paraequestre. Trata-se de uma modalidade do hipismo e que se rege pelas mesmas regras, tendo como o diferencial a classificação funcional que divide os atletas em cinco graus de acordo com suas deficiências, tornando uma competição justa entre eles.  

A especialista em temas de inclusão e diversidade, Natalie Schonwald, pratica esporte desde pequena. Aos quatro anos de idade, a profissional iniciou na equoterapia, um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem multidisciplinar e interdisciplinar, com a finalidade de buscar desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com necessidades especiais. Aos nove anos foi para a modalidade de salto e começou, então, a aprimorar suas habilidades. “Em 2002 comecei a treinar adestramento paraequestre em Ibiúna, no interior de São Paulo. É importante lembrar que todo esporte deve ser supervisionado por treinadores capacitados, e o hipismo não é diferente. No hipismo os treinadores devem entender tanto das necessidades dos atletas, como do comportamento dos cavalos para evitar acidentes. O adestramento paraequestre ganhou espaço e promoveu competições nacionais e internacionais. Assim chegamos no Mundial na Bélgica, em 2003 e participei da primeira equipe brasileira de hipismo a alcançar um campeonato mundial. Na ocasião, conseguimos a carta-convite para a equipe brasileira ir para uma olimpíada”, explica Natalie.

Ainda de acordo com Natalie, ao obter o bom desempenho, o esporte passa a ser um agente transformador e ajuda no desenvolvimento da autoconfiança, dos aspectos cognitivos, físicos e psicológicos, o que reflete no dia a dia do atleta. “Quando alcançamos bons resultados, nos sentimos muito mais capazes, e isso nos proporciona segurança e autoestima. E sem contar que a convivência com o cavalo traz momentos de relaxamento, o que contribui, entre outros aspectos, para um trabalho de atenção e memória. Já fisicamente falando, um dos pontos trabalhados junto ao animal é o equilíbrio”, diz Natalie.

Equipamentos adaptados e segurança

Para a prática do esporte, os atletas podem usar “ajudas compensatórias”, no entanto, não oferecem vantagens em relação ao cavaleiro (termo destinado a homem que monta a cavalo) ou amazona (nome destinado à mulher que monta a cavalo) sem deficiência, apenas compensam as deficiências apresentadas. “Podem ser a nível de encilhamento como, por exemplo, uma sela adaptada, rédea adaptada, entre outros, desde que não fixe a pessoa ao cavalo; ou a nível de órtese ou prótese para compensar a falta de um membro ou parte dele. Cada atleta, junto com a avaliação funcional, recebe orientação sobre essas ajudas compensatórias permitidas no caso específico”, explica a presidente da Fundação Rancho GG – Centro de Treinamento Pesquisa e Ensino da Equoterapia, Classificadora oficial para os Paratletas da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM), Gabriele Brigitte Walter.

E em relação à segurança do esporte praticado por Pessoas com Deficiências (PCDs), Gabrielle esclarece: “É fundamental que uma avaliação inicial seja feita para que se possa orientar sobre o cavalo mais adequado ao iniciante, pois quando for pensar em competição, talvez esse cavalo não seja o mais competitivo e, se for substituído, o mesmo cuidado deve ser tomado. O treinador, tanto do cavalo como do atleta, deve ser uma pessoa habilitada para tal, com profundo conhecimento equestre e respeitador quanto à limitação do atleta e com humildade para escutar o fisioterapeuta e o classificador. O uso do encilhamento adequado e bem colocado, bem como o uso da vestimenta correta do atleta, incluindo capacete, são obrigatórios”.

Jogos Paralímpicos Paris 2024

São 22 modalidades que compõem as paralimpíadas disputadas neste ano em Paris. No programa Paralímpico inclui apenas o adestramento. É um esporte em que cavaleiro e cavalo se tornam um só. As montarias são avaliadas pela precisão e qualidade da equitação, o comportamento dos cavalos em marchas e paradas, sutileza artística e outros aspectos de seu desempenho.

Outro esporte 

Embora o surfe adaptado não integre a lista de jogos das Paralimpíadas deste ano, sua importância para pessoas com deficiência (PCD´s) não pode ser diminuída, pois o esporte desempenha um papel significativo na vida desses indivíduos e proporciona benefícios que vão além da competição e busca desenvolver aspectos biopsicossociais de uma pessoa. 

Natalie Schonwald é embaixadora da equipe feminina de surfe adaptado no Guarujá - SP e pratica a modalidade há um ano. A desportista relata resultados cada vez mais significativos. “Minha qualidade de vida se transformou em diversos aspectos positivos, o primeiro foi o psicológico, já que mais uma vez superei um desafio. Por consequência, voltei às sessões de fisioterapia com exercícios focados na categoria e a trabalhar com personal trainer. Nas questões motoras, estou retomando alguns movimentos da mão e o equilíbrio, além do ganho de força, pois nas aulas, a atividade de ajoelhar na prancha ajuda nessa parte. O lado cognitivo também melhorou, inclusive meu sono, e os exercícios físicos proporcionados com a prática do esporte ajudam no aumento da concentração, fazendo com que minhas atividades profissionais rendam mais”, explica Natalie.

Para deslizar sobre as ondas, a profissional utiliza uma prancha de Stand Up, no entanto, com o passar do tempo, existe a possibilidade de trocar o equipamento, para sempre alcançar uma evolução independentemente do tipo de prancha.

Atualmente, o surfe adaptado não tem o objetivo de buscar a perfeição, mas sim a diversão aliada às habilidades e capacidades de cada pessoa, o que o torna, assim, um instrumento de inclusão social e diversidade, deixando, de início, a competitividade em segundo plano.

 

Natalie Schonwald

Natalie é psicóloga, pedagoga, palestrante de inclusão e diversidade e autora dos livros “Na Cidade da Matemática” e “Na Cidade da Matemática – Bairro das Centenas”. É pós-graduanda em Psicopedagogia pelo Instituto Singularidades (SP). Na área da educação, trabalha com os anos finais da Educação Infantil e iniciais do Ensino Fundamental I. Nesta área, Natalie completa seu trabalho escrevendo artigos.

A profissional também faz parte da direção da Associação dos AVCistas do Brasil - uma organização comunitária de acolhimento às vítimas de AVC e seus familiares, e da Comunidade Educadores Reinventares. Como atleta, participou do mundial de adestramento paraequestre em 2003 – pratica esporte desde seus 9 anos e também é embaixadora da equipe feminina de surfe adaptado.

Após um AVC com 8 meses, enfrentou um caminho de superação. Sua história é marcada não apenas pela adversidade, mas pela resiliência e conquistas que a transformou em fonte de inspiração, destacando a importância da inclusão e da diversidade em todas as suas formas.

Tecnologia mudou o jogo das apostas olímpicas com análise estatística avançada

 FULLTRADER

Novas ferramentas transformaram a forma de apostar durante os Jogos Olímpicos

A tecnologia vem mudando o mercado de apostas esportivas em ritmo acelerado durante a última década, porém se faz especialmente notória durante eventos de grande porte, como aconteceu durante as Olimpíadas. Com o uso de softwares de análise estatística, os apostadores tiveram acesso a dados mais precisos e panoramas detalhados, permitindo uma tomada de decisão mais embasada.

O mercado bet no Brasil está em ascensão, com um aumento de 95% nos acessos aos sites de apostas entre setembro e novembro de 2023, conforme revelou um estudo da SimilarWeb. Esse aumento é impulsionado por plataformas que oferecem dados em tempo real, algoritmos avançados e simulações preditivas, contribuindo para um ambiente de apostas mais competitivo e estratégico.

Ricardo Santos, cientista de dados especialista em análise estatística e fundador da Fulltrader Sports, observa que as inovações tecnológicas têm proporcionado um novo patamar de precisão. “A evolução das ferramentas analíticas permite que os apostadores tomem decisões mais rápidas, aproveitando ao máximo os dados disponíveis. Hoje, com as tecnologias que temos à disposição, é possível diminuir os riscos e aumentar as chances de sucesso”, afirma.

Inovações tecnológicas no mercado de apostas

A plataforma Sherlock Score, desenvolvida pela Fulltrader Sports, se destaca como uma das ferramentas mais avançadas do mercado. Por meio de algoritmos exclusivos, ela oferece uma análise detalhada dos jogos, incluindo métricas como custo do gol e coeficiente de variação, que ajudam os apostadores a identificarem as melhores oportunidades. Essa abordagem transforma a coleta de dados, que antes exigia horas de trabalho manual, em um processo ágil e altamente informativo.

Outra inovação do Sherlock Score é o “Fast Backtest”, uma funcionalidade que permite testar rapidamente filtros e estratégias. Essa ferramenta economiza tempo e maximiza a eficácia das apostas, possibilitando ajustes rápidos baseados em resultados anteriores. Além disso, o sistema incorpora indicadores como LG-Score e H-Score, essenciais para quem opera no mercado Match Odds.

Ricardo Santos aponta que isso torna o mercado bet mais acessível para quem quer entrar nesse mundo, mas não sabe por onde começar. “Saber que existem ferramentas que traduzem para um apostador de primeira viagem esse universo por vezes complexo pode ser um grande chamariz. Não é por acaso que, à medida que as ferramentas analíticas avançam, vemos cada vez mais pessoas dispostas a apostar. Dados e estatísticas estão se tornando assuntos de interesse para muitos brasileiros”, explica.

Impacto da tecnologia no comportamento dos apostadores

O avanço da tecnologia oferece novas ferramentas e, ao mesmo tempo, altera o comportamento dos apostadores. Com informações mais acessíveis e detalhadas, há uma mudança na forma como os usuários interpretam e utilizam os dados. “Os apostadores hoje não dependem mais exclusivamente da intuição ou do conhecimento empírico. A tecnologia democratizou o acesso à informação, permitindo que qualquer pessoa, com o uso correto das ferramentas, possa competir em alto nível”, comemora o especialista.

Essa transformação é evidente no perfil dos apostadores, que se tornam cada vez mais analíticos e estratégicos. O uso de softwares como o Sherlock Score oferece uma vantagem competitiva, especialmente em eventos complexos como as Olimpíadas, onde cada detalhe pode influenciar o resultado final.

Ricardo Santos aponta que a integração da tecnologia nas apostas esportivas é um caminho sem volta. “Com o avanço das ferramentas analíticas, veremos uma evolução constante na maneira como as pessoas interagem com o mercado, tornando as apostas mais precisas e baseadas em dados do que nunca”, conclui.

*Ricardo Santos é cientista de dados especialista em análise estatística para apostas esportivas em Futebol e fundador da Fulltrader Sports, empresa líder da América Latina em Softwares Saas para Público Final de Trade Esportivo. Também atua como trader em Probabilidades de Futebol há 12 anos.  

ESPM promove a exposição Pioneiras do Atletismo Brasileiro nas Olimpíadas

 ESPM

Mostra, idealizada pela ex-atleta Eleonora Mendonça, tem início em 16 de outubro, no Centro Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro, com evento especial em 19 de outubro

Rio de Janeiro, outubro de 2024 – A ESPM, escola de referência, autoridade em Marketing e Inovação voltada para negócios, por meio do laboratório LEMBRAR, promove a partir de 16 de outubro, no Centro Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro, a exposição Pioneiras do Atletismo Brasileiro nas Olimpíadas 1948 - 1984.  

Idealizada pela ex-atleta Eleonora Mendonça, a mostra retrata a trajetória das primeiras mulheres brasileiras que competiram no atletismo olímpico, abrangendo dez edições dos jogos, de 1948 a 1984. Segundo André Beltrão, pesquisador do Laboratório LEMBRAR da ESPM, o projeto tem como principal objetivo valorizar as conquistas dessas atletas, frequentemente subestimadas e invisibilizadas em uma sociedade patriarcal. “Além de destacar os desafios enfrentados por essas pioneiras, a mostra apresenta um rico acervo visual que inclui uniformes, reportagens jornalísticas e depoimentos das personagens que fazem parte dessa história pouco conhecida.” 

No sábado, dia 19 de outubro, das 14 horas às 17 horas, haverá um evento especial com a presença de Eleonora Mendonça e algumas das ex-atletas que integram essa jornada esportiva.  


Serviço


Exposição: "Pioneiras do Atletismo Brasileiro nas Olimpíadas"

Local: Centro Cultural dos Correios – Rua Visconde de Itaboraí, 20. Centro – Rio de Janeiro. 

Data: 16 de outubro a 30 de novembro de 2024

Evento especial: 19 de outubro

Curadoria: Laboratório Lembrar (ESPM) e Instituto Eleonora Mendonça

Evento gratuito



Sobre a ESPM

A ESPM é uma escola de negócios inovadora, referência brasileira no ensino superior nas áreas de Comunicação, Marketing, Consumo, Administração, Economia Criativa e Tecnologia. Seus 12 600 alunos dos cursos de graduação e de pós-graduação e mais de 1 100 funcionários estão distribuídos em quatro campi - dois em São Paulo, um no Rio de Janeiro e um em Porto Alegre. Possui quatro unidades regionais em Florianópolis, Chapecó, Goiânia e Salvador. O lifelong learning, aprendizagem ao longo da vida profissional, o ensino de excelência e o foco no mercado são as bases da ESPM.

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