Coluna Vou Falar
Hexa adiado!
Não sei o sentimento de vocês, mas a seleção brasileira de futebol que esteve na Rússia não me comoveu em nada. Não tirou de mim nem um leve arrepio. Foi apenas um bando de atletas profissionais vestindo uma camisa que já foi considerada um manto sagrado. A começar pela lista de convocados do Tite para a Copa do Mundo que não entusiasmou e teve a grande maioria dos jogadores convocados sem nenhum vínculo com os clubes brasileiros. Perderam a identidade com a torcida. Parecem estrangeiros. São mercenários que jogam por dinheiro, não por gostar do esporte. Nada contra, acho que até faria o mesmo se tivesse talento, mas em minha opinião não merecem ser respeitados ou idolatrados por isso. São falsos heróis e falsos modelos. Se ainda fossem todos craques, a gente ficaria feliz. Mas são também em sua maioria jogadores comuns, embora sejam tratados como incomuns por parte da imprensa.
O jeito de jogar do time foi uma continuação da decadência do futebol brasileiro que começou nos anos 90 e que nos afasta cada mais vez das nossas origens. Elevaram Tite e Neymar a deuses e quando a copa começou e que o bicho realmente pegou, vimos que a seleção era até um tanto medíocre, e que nem ele nem seus comandados sabiam o que fazer. Pior é que eles achavam que iriam ganhar a copa sem problemas. A postura dos jogadores que integraram o grupo foi terrível. Achavam-se verdadeiros reis do futebol, foram mimados pela imprensa, viveram de holofotes, apareceram mais em páginas sociais do que esportivas, não esboçaram nem um sorriso para os torcedores que estavam presentes nas portas de hotéis e aeroportos. Metiam aquele fone gigantesco na orelha e passavam batido. Fingiam que nem viam. Os repórteres que correm o mundo atrás dos caras ficavam a ver navios. Foi uma seleção insossa. Sem charme. Vazia. Uma Seleção gerida por uma entidade privada comprovadamente corrupta. Tanto é que seus últimos dirigentes ou estão presos ou fugindo desesperadamente da polícia internacional. Nos últimos anos a CBF tem visado apenas lucro e já deixou a muito tempo de privilegiar a parte desportiva. Ou seja, por dinheiro eles vão até o inferno disputar amistoso caça-níquel!
Estávamos convencidos de que seguiríamos dormindo placidamente em berço esplêndido e para sempre ostentando a alcunha de “a pátria em chuteiras”. Aceitamos a transformação da seleção em “produto”, perdendo-se aí a razão do jogador ao defendê-la. O selecionado perdeu “personalidade” e a torcida perdeu o encanto por ela. Prostituímos nossa essência futebolística, adotando “revolucionárias esquematizações táticas europeias” que nos nivelaram a nossos rivais, tão carentes de criatividade. Não somos mais o “país do futebol”, há muito tempo, aliás.
Que respiremos um pouco e nos preparemos para o próximo evento. Vem ai as Eleições 2018. Tô sabendo e vou falar!
Aaron Fênix
Aaron Fênix
FONTE: FATO REAL
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