P. de Souza
Pescador e repórter
Os companheiros Francisco Stockler e Celso Gotierre Lopes fizeram uma viagem a Três Marias no feriado de 2 de novembro do ano passado e se dedicaram a pescar tucunarés no lago e dourado no rio São Francisco. Segundo eles, o plano era fazer três dias de pesca, sendo dois no Velho Chico para pegar os dourados e matrinxãs e um dia na represa para bater tucunarés e traíras.
Os pescadores saíram de Belo Horizonte no dia 31 de outubro depois do trabalho e chegaram no Hotel Grande Lago, em Três Marias, já à noite, onde ficaram hospedados . O hotel é uma ótima opção para hospedagem na cidade, já que possui uma boa estrutura, uma linda vista da represa e também porque é o ponto de encontro para a pescaria na represa de Três Marias.
A dupla contratou o guia local, Bruno, muito gente boa, que conhece toda a região como a palma da mão , já que foi pescador profissional e hoje faz somente pesca esportiva. Na diária dele já está incluído o barco, combustível , com mais ou menos 10 horas de pesca por dia, gelo, tendo os pescadores que levar a bebida e a tralha.
“Começamos nossa pescaria no dia primeiro de novembro (sexta) pelo rio São Francisco e aproveito para relatar um detalhe que alguns pescadores não sabem. No dia 1º de novembro começa o período do defeso, ou seja, a piracema, quando a pesca comercial fica proibida, entretanto na região do São Francisco é permitida a pesca esportiva (pesque e solte) nesse período, com algumas regras”, explicou Chico, adiantando que não é permitido, por exemplo, embarcar nenhum tipo de peixe, nem para consumo próprio, assim como o uso de iscas naturais. Só é permitido o uso de iscas artificiais.
O ponto de partida da pescaria foi logo abaixo da ponte da BR-040 sobre o São Francisco, em frente ao restaurante Rei do Rio , casa tradicional de Três Marias e ponto de encontro de pescadores esportivos da região. A água do rio, nesta época do ano, estava muito clara, cristalina, mas a dupla registrou poucas ações. O primeiro dourado foi capturado e devidamente solto no fim da tarde, próximo da barragem, onde a água corre com maior velocidade.
No segundo dia de pesca (sábado), Chico e Gotierre foram anzolar na represa, onde ventava muito e por incrível que pareça, formavam-se pequenas ondas no lago, o que prejudicava muito a navegação e também a pesca. No entanto, o experiente guia Bruno – que nós recomendamos - avaliou as condições e concluiu que era possível partir, tomando os cuidados necessários. A dupla acabou se instalando num local abrigado do vento, relativamente próximo do ponto de partida, o que evitou muito tempo de navegação. Nesse dia, foram capturados alguns tucunarés e outras tantas traíras. O ponto alto, entretanto, foi o belo tucunaré azul, de 55 cm, fisgado pelo Gotierre, numa explosão de uma isca de superfície do tipo stick.
Já no terceiro dia de pesca, domingo, os aventureiros voltaram para o São Francisco, com o objetivo de descer até o Pontal do Abaeté. “Nesse dia, foram registradas várias ações de dourados, num dia muito divertido, porque perdemos alguns peixes após ferrá-los , mas conseguimos embarcar 5 ou 6 dourados , mas volto a dizer , foi um dia de pesca muito divertido”, afirmou Francisco, para observar que nessa pescaria foi a primeira vez que pescou com iscas soft, já que outro guia de Três Maria tinha passado essa dica dias antes de a pescaria acontecer. O pescador Gotierre, por sua vez, comprou a isca E-shad de 12 cm, branca da Monster , sendo a isca mais produtiva da pescaria de dourados, com a montagem da isca feita com anzol offset e chumbada do tipo bala.
No final do terceiro dia, conforme explicaram os dois pescadores, a aventura encerrou-se às 15h, quando a dupla retornou para o hotel, arrumou as tralhas e pegou a estrada de volta, por volta de 16h30. Às 20h, os dois já estavam em casa, cansados, mais felizes por conta de um fim de semana com pesca e uma aventura de encher os olhos.
Fonte: CORREIO DA CIDADE
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