Essa foi sempre a diferença com o futebol europeu. Com milhões de euros disponíveis, fica mais simples criar equipes eficientes e unir talentos de todas as regiões do mundo. Historicamente os clubes latinoamericanos ficam acostumados a abrir mão dos seus melhores jogadores por não poder competir com as ofertas do velho continente.
Nesse sentido, o futebol brasileiro está mostrando bons sinais financeiros, que necessariamente vão se refletir no futuro desempenho dos clubes locais. Acontece que, analisando a receita em conjunto dos 27 principais clubes do Brasil, vê-se que o crescimento foi de R$7.5 bilhões de 2020 para 2021. O percentual de crescimento é ainda maior se é feito sem considerar os valores ingressados por transferências de atletas: 64%, sendo R$5.6 bilhões.
Já no que tem a ver com os níveis de endividamento líquido das equipes o resultado também foi bom: de 2020 para 2021 ele registrou uma queda de 7%, atingindo o total de R$10.5 bilhões. Os resultados alegram ainda mais levando em conta que esses valores financeiros estão refletindo os efeitos que a pandemia de Covid-19 deixou nos esportes.
O crescimento financeiro dos clubes
Os resultados, fornecidos por um levantamento feito pela consultoria EY, consideraram a situação de 20 times da Série A do Campeonato Brasileiro, do Bahia, Cruzeiro, Grêmio, Ponte Preta, Sport e Vasco, da Série B e do Vitória (disputando a Série C este ano).
Do total de clubes envolvidos na pesquisa, as cinco maiores receitas do ano passado foram do Flamengo, Palmeiras, Corinthians, Grêmio e Atlético-MG totalizando, em conjunto, o 48% da receita total dos clubes.
Talvez um dos fatores que menos crescimento registrou (13%) foi o chamado “matchday”, ou seja, a receita arrecadada pelos clubes num dia de jogo (incluindo ingressos, operações nos estádios, etc.) por efeito da pandemia.
Como contrapartida, mesmo que não ingresse diretamente no orçamento das equipes, nos últimos anos vem se registrando um forte incremento nas apostas de futebol, principalmente pelos sites de apostas online ou cassinos virtuais.
Mesmo que apostar nos esportes seja comum desde que os esportes foram criados, a verdade é que o crescimento registrado nos últimos anos tem a ver com a simplificação trazida pelo internet. Ao mesmo tempo, a chegada da pandemia fez com que muitas pessoas quisessem se divertir desde casa, e já que não era possível ir para os estádios, apostar podia acrescentar a emoção de assistir o jogo desde a TV ou o telefone.
Esse fenômeno também, indiretamente, beneficia aos clubes. Do total de equipes da primeira divisão brasileira, 85% são atualmente patrocinadas por sites de apostas online. Os especialistas consideram que o mercado pode crescer ainda mais
Fonte: CORREIO DA MINAS
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