A mostra temporária estreou em abril no Museu do Futebol e explora o desenvolvimento da modalidade desde 1988, quando foi realizado o mundial experimental. Exposição apresenta imagens, dados e histórias até hoje pouco conhecidas pelo público e termina no próximo domingo (27)
O caminho percorrido pelas mulheres até conquistarem o direito de disputar uma Copa do Mundo foi contrário àquele percorrido pelos homens: 61 anos separam a estreia do Mundial masculino, em 1930, da primeira edição oficial feminina, em 1991. E em 2023, ano em que foi realizada a maior Copa do Mundo feminina da história, o Museu do Futebol, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, montou a exposição temporária Rainhas de Copas para celebrar as conquistas da modalidade e de suas profissionais ao longo dos mundiais. Quem ainda não fez essa visita, deve ficar atento: a exposição Rainhas de Copas termina no domingo, 27 de agosto.
Quem levar uma chuteira usada em bom estado para a campanha Chuteira para Todas ainda garante ingresso gratuito para visitar a exposição temporária e a exposição principal. O material será doado a dois projetos sociais e um time feminino de várzea de São Paulo.
Com curadoria de Aira Bonfim, Juliana Cabral, Lu Castro e Silvana Goellner, a mostra explora histórias até hoje pouco conhecidas pelo público, trazendo imagens que estavam restritas a acervos pessoais e que serão exibidas pela primeira vez, além de dados que revelam a grandeza das mulheres que participaram das Copas do Mundo e suas conquistas individuais e coletivas. "É uma exposição importante por reconstruir, pela primeira vez no Brasil, a história sobre o maior evento da modalidade", afirma Aira Bonfim.
Rainhas de Copas parte de 1988, quando foi realizado o Torneio Experimental na China, o primeiro passo para que a FIFA fosse convencida a organizar o mundial entre seleções de mulheres. A competição, no entanto, não foi televisionada, ocorreu sob muita precariedade para a Seleção Brasileira e é pouco conhecida até hoje. Assim, a exposição será uma oportunidade para o público ver jogadas inéditas, além de imagens de acervos das próprias jogadoras. Com o sucesso do torneio, a FIFA enfim iniciou o planejamento para a 1ª edição oficial da Copa do Mundo, que aconteceu em 1991, também em solo chinês. A partir daí, a mostra constrói a história do futebol de mulheres ao longo dos mundiais, trazendo relatos de atletas, histórias e curiosidades, ressaltando como foi a participação brasileira em cada edição. O público poderá conhecer as trajetórias das rainhas do futebol feminino do Brasil, que marcaram para sempre a história da modalidade, como Sissi, Marta, Cristiane e Formiga, entre outras.
A exposição também destaca a luta das jogadoras pela igualdade. O visitante descobrirá que, diferente dos mundiais dos homens, a Copa de mulheres sempre foi marcada por reivindicações em campo, já que as condições dadas às jogadoras sempre foram muito inferiores às dos torneios masculinos. Elas também tinham que lidar com muito preconceito: no torneio experimental de 1988, chegou a ser cogitado o uso de uma bola menor. A ideia foi abandonada, mas as partidas tiveram a duração reduzida para 80 minutos. Apenas em 1995 a FIFA adotou o termo “lineswomen” para se referir às árbitras auxiliares, que até então eram chamadas oficialmente de “linesmen”. E em 2015, no Canadá, o torneio foi inteiro disputado em gramados sintéticos, já rechaçados nos mundiais masculinos por aumentar as chances de lesão. No torneio de 2007, as jogadoras brasileiras foram a campo com uma faixa improvisada em uma fronha de hotel: “Brasil, precisamos de apoio!” era o recado de quem pedia para ser tratada com profissionalismo. Vale lembrar que até 2015 a Seleção Feminina não tinha um uniforme próprio e jogava com modelos adaptados do time masculino.
A última sala da Rainhas de Copas promete grandes emoções para os visitantes, que terão uma experiência interativa e ainda poderão ver de perto a réplica a taça da Copa do Mundo de Futebol Feminino. Ao longo da exposição e, em especial, durante a Copa da Austrália e Nova Zelândia, que acontece entre julho e agosto, o Museu do Futebol realizará programação cultural e educativa associada ao tema.
SERVIÇO
Museu do Futebol
Exposição temporária Rainhas de Copas - últimos dias
Praça Charles Miller, s/n - Pacaembu - São Paulo
De terça a domingo, das 9h às 18h (entrada permitida até as 17h)
R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)
Crianças até 7 anos não pagam
Grátis às terças-feiras
Garanta o ingresso pela internet: https://l1nk.dev/IngressosMuseudoFutebol
Estacionamento com Zona Azul Especial — R$ 6,08 por três horas
PATROCINADORES E PARCEIROS
Museu do Futebol
Localizado numa área de 6.900 m² no Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho – o Pacaembu, o Museu do Futebol foi inaugurado em 29 de setembro de 2008 e é um dos museus mais visitados do país. Sua exposição principal, distribuída em 15 salas temáticas, narra de forma lúdica e interativa como o futebol chegou ao Brasil e se tornou parte da nossa história e nossa cultura. É um museu da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, concebido pela Fundação Roberto Marinho e administrado pela Organização Social de Cultura IDBrasil Cultura, Educação e Esporte.
PATROCÍCIO E PARCERIAS
A Temporada 2023 do Museu do Futebol conta com Patrocínio Máster do Banco Bmg, são Patrocinadores: Goodyear, Rede, Sabesp, Cabot e Farmacêutica EMS. Conta ainda com Apoio do Mercado Livre e com as Empresas Parceiras: Evonik Brasil e Banco Safra. São parceiros por meio da Lei de Incentivo ao Esporte Braskem, Pinheiro Neto Advogados e TCL. Revista Piauí, Gazeta Esportiva, Guia da Semana, Dinamize e JCDecaux são seus parceiros de Mídia. A Temporada é realizada pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Rainhas de Copas conta com o Patrocínio Máster do Banco Bmg, com o Patrocínio da Goodyear, da Rede e da Sabesp; e com o Apoio da Farmacêutica EMS e do Mercado Livre – todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
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