O famoso Córrego dos Veados, em Dores do Indaiá, no Centro-Oeste de Minas, está jogando água nas várzeas e lagoas marginais
P. de Souza
Repórter e pescador inveterado
O período da piracema, que vai de 30 de novembro a 28 de fevereiro do ano seguinte, serve para proteger os cardumes e também para evitar a pesca ilegal, predatória e danosa ao meio ambiente. Neste ano, por exemplo, além do tempo de defeso, os rios de Minas estão recebendo muita água desde outubro de 2022, o que garante, em tese, a proteção dos cardumes, que, além de mais alimentos, têm onde se esconder do bicho homem, o maior predador que existe na face da terra.
Para a felicidade dos pescadores esportivos e dos ambientalistas, como este colunista, fazia tempo que não chovia como neste período. Apesar dos danos causados às cidades, às estradas e pelas vidas ceifadas, o que lamentamos, as águas deste período são bem-vindas nos rios, córregos e grandes bacias. Elas inundam as margens dos cursos d'água, enchem as lagoas marginais e ajudam na preservação de muitos peixes ameaçados de extinção.
É necessário, porém, que os pescadores continuem respeitando a piracema e seus objetivos, de forma a ajudar na multiplicação das espécies. No final das contas, todos ganham, a começar pelos peixes, mas também a natureza, os anzoleiros esportivos e aqueles que adoram ir para as barrancas dos rios.
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